Esposa de opositor ao governo Maduro pede que o mundo ajude a Venezuela a sair da crise
Lilian integra a Comissão de Direitos Humanos da coalizão opositora MUD
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"A comunidade internacional é chave em tudo o que estamos vivendo na Venezuela", disse Titori em Nova Iorque, aonde chegou para denunciar o caso de López durante a Assembleia Geral da ONU.
Segundo Tintori, os venezuelanos estão sozinhos dentro de seu país, porque as instituições estão controladas pelo Executivo e não há Justiça. "Cabe a nós buscar justiça nas entidades internacionais e nos países aliados, irmãos, e aqui nos Estados Unidos tivemos esse acompanhamento", afirmou.
Em entrevista coletiva na sede do Conselho das Américas, Lilian disse hoje que teve encontros "privados" com vários "presidentes" e se reuniu com o chanceler espanhol, José Manuel García-Margallo, em paralelo à Assembleia Geral. Seu objetivo é promover a observação internacional nas eleições legislativas de 6 de dezembro no país.Segundo ela, a oposição busca uma "observação internacional qualificada das eleições". Ainda restam "12 dias" até o fim do prazo para que os observadores se apresentem.
Lilian integra a Comissão de Direitos Humanos da coalizão opositora MUD. Até agora, o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela convocou a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e especialistas do Mercosul, Alba e Celac, entre outros organismos.
A OEA e a União Europeia se ofereceram para participar, mas não foram convidados. Líder da ala radical da oposição, López foi condenado a 13 anos e nove meses de prisão por incidentes violentos ocorridos durante os protestos contra o governo de Nicolás Maduro que deixaram 43 mortos entre fevereiro e maio de 2014.
Sua mulher reiterou que o político é inocente e que enfrentou um julgamento manipulado e injusto. No fim de agosto, Tintori se reuniu em Washington com o secretário de Estado americano, John Kerry, que rejeitou a sentença e, em fevereiro passado, teve um encontro com o vice-presidente desse país, Joe Biden. "Diante do regime antidemocrático corrupto, repressor" e desumano do presidente Nicolás Maduro, "resta-nos a esperança dos líderes democratas do mundo que rejeitam as violações de direitos humanos", declarou Tintori, durante uma conferência na sede do Conselho das Américas.