EUA apresenta acusações contra oligarcas russos dois anos após invasão da Ucrânia

EUA apresenta acusações contra oligarcas russos dois anos após invasão da Ucrânia

Departamento de Justiça diz estar “mais comprometido do que nunca” em interromper o fluxo de dinheio sujo que alimenta o lado russo da guerra, afirmou

AFP

"Hoje anunciamos várias medidas [...] para processar e apreender ativos de colaboradores sancionados pelo Kremlin e pelo Exército russo", declarou Garland em um comunicado

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Os Estados Unidos apresentaram acusações contra vários oligarcas russos nesta quinta-feira, 22, quase dois anos depois do início da invasão da Ucrânia por tropas russas.

"O Departamento de Justiça está mais comprometido do que nunca em cortar o fluxo de fundos ilegais que alimentam a guerra de Putin e responsabilizar aqueles que a permitem", disse o procurador-geral Merrick Garland em um comunicado.

"Por isso, hoje anunciamos várias medidas [...] para processar e apreender ativos de colaboradores sancionados pelo Kremlin e pelo Exército russo", declarou Garland em um comunicado.

Andrei Kostin, presidente-executivo de um banco estatal russo, foi acusado em um tribunal de Nova York de participar de um plano para contornar sanções para a manutenção de dois superiates, o "Sea Rhapsody" e o "Sea & Us", avaliados em conjunto em mais de US$ 135 milhões (R$ 667 milhões), informou o Departamento de Justiça.

Kostin, sob sanções dos Estados Unidos desde 2018, também foi acusado de participar de um esquema para evadir sanções relacionadas a uma casa de luxo em Aspen, Colorado, que comprou em 2010 por US$ 13,5 milhões (R$ 66,7 milhões), disse.

Dois cidadãos americanos foram presos nesta quinta-feira sob suspeita de terem ajudado Kostin, de 67 anos, que se acredita estar na Rússia.

O Departamento de Justiça também anunciou a acusação de Sergey Vitalievich Kurchenko, de 38 anos, um oligarca ucraniano pró-russo que também se acredita residir na Rússia.

Kurchenko, sob sanções americanas desde 2015 por suposta apropriação indébita de ativos públicos ucranianos, foi acusado de lavagem de dinheiro e uso de empresas fictícias para vender produtos metálicos nos Estados Unidos no valor de mais de US$ 330 milhões (R$ 1,63 bilhão).

O Departamento de Justiça também revelou uma acusação contra Vladislav Osipov, de 52 anos, que já havia sido acusado em 2022. E ofereceu uma recompensa de um milhão de dólares por qualquer informação que leve à sua captura.

Osipov, que já havia sido acusado em novembro de 2022 de violar as sanções americanas, foi acusado de cinco novos crimes de fraude bancária relacionados ao Tango, um superiate de luxo de propriedade do oligarca russo sancionado Viktor Vekselberg. O navio de luxo foi apreendido pela Espanha a pedido dos Estados Unidos.

A procuradora-geral adjunta, Lisa Monaco, afirmou que a operação contra os "facilitadores" da guerra da Rússia na Ucrânia resultou na "apreensão e confisco de quase US$ 700 milhões [R$ 3,45 bilhões] em ativos" e na detenção de mais de 70 pessoas por violar sanções e controles de exportação.

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