EUA critica censura “sem precedentes” à imprensa russa

EUA critica censura “sem precedentes” à imprensa russa

Porta voz americana mencionou a demissão da editora-chefe de site mais lido da Rússia

AFP

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Os Estados Unidos criticaram, nesta sexta-feira, a censura à imprensa russa, vista especialmente no bloqueio a sites opositores e a fontes alternativas de informação sobre a crise na Ucrânia.

"Os Estados Unidos estão profundamente preocupados com o brusco estreitamento do espaço destinado à imprensa independente e livre na Rússia", declarou a porta-voz adjunta do departamento de Estado, Marie Harf. "No ano passado, o governo russo aprovou uma série de leis que implementavam censura e restrições sem precedentes aos meios de comunicação e às publicações na internet", acrescentou.

Harf mencionou a demissão da editora-chefe do site mais antigo e lido da Rússia, Lenta.ru, acusada de difusão de documentos de caráter extremista. O site havia reproduzido on-line a entrevista de um integrante do movimento nacionalista ucraniano Pravy Sektor.

As autoridades russas também bloquearam o acesso ao blog do opositor Alexei Navalny e a três dos principais sites que fazem oposição ao Kremlin. "Estas medidas censuram as opiniões divergentes, restringem o espaço de debates independentes e favorecem a propagação de versões dos fatos fabricadas pelo governo, que são claramente falsas", afirmou a porta-voz.

Segundo especialistas, a crise ucraniana e a mudança de governo em Kiev, apresentadas na imprensa oficial russa como um golpe de Estado extremista respaldado pelos ocidentais, levaram Moscou a apressar o endurecimento à mídia independente.

Harf garantiu que Washington respalda o direito à livre expressão de todas as preferências e ressaltou que trata-se de direitos que a Rússia consagrou em sua própria Constituição.


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