EUA e Japão se reúnem para coordenar posições em diálogo com Coreia do Norte
Discussões preparam terreno para possível segunda cúpula entre Kim Jong-Un e Donald Trump
publicidade
• Veremos notícias muito boas da Coreia do Norte nos próximos meses, diz Trump
Abe transmitiu a Pompeo sua vontade de manter uma postura comum na hora de lidar com a Coreia do Norte na atual fase de distensão, enquanto o chefe da diplomacia americana destacou a importância do apoio do Japão neste processo, segundo disseram fontes governamentais japonesas à agência local "Kyodo". A viagem do secretário de Estado americano tem como objetivo programar uma segunda cúpula entre o ditador norte-coreano e o presidente americano Donald Trump, e também para insistir na mensagem de que o regime de sanções a Pyongyang deve ser mantido intacto.
Após sua passagem por Tóquio, onde também se reunirá neste sábado com o chanceler japonês, Taro Kono, Pompeo deve se dirigir no domingo para Pyongyang para manter um encontro com o próprio Kim Jong-un. O secretário de Estado americano ressaltou durante sua viagem que é necessário que ambas as partes construam "confiança suficiente" para que possam avançar no processo de desnuclearização. A discussão está estagnado devido a divergências sobre a forma como será feito o desarmamento de Pyongyang e sobre as garantias de segurança que Washington concederá em troca.
Apesar dessas diferenças, Pompeo se mostrou confiante de que sua terceira visita à capital norte-coreana permitirá concretizar uma nova reunião entre Kim e Trump, depois da histórica cúpula que ambos realizaram em junho em Singapura. Após sua viagem a Pyongyang, o secretário de Estado americano se deslocará no domingo para Seul para se encontrar com o presidente sul-coreano Moon Jae-in e sua chanceler Kang Kyung-wha, com quem abordará os resultados da última cúpula intercoreana realizada no mês passado.
Na segunda-feira, Pompeo viajará para a China, onde seus planos preliminares incluem encontros com seu equivalente chinês, Wang Yi, e com o conselheiro de Estado, Yang Jiechi. Os encontros ocorrem em um momento de forte tensão nas relações bilaterais causadas pela guerra comercial entre os dois países, além das acusações de ingerência em processos eleitorais e os desencontros no âmbito militar.