Europa cria medidas para recepcionar turistas no verão em meio a pandemia do Covid-19

Europa cria medidas para recepcionar turistas no verão em meio a pandemia do Covid-19

Para buscar o equilíbrio entre segurança sanitária e o turismo, normas são atualizadas conforme a propagação do vírus

AFP

publicidade

No segundo ano da pandemia de Covid-19, os países europeus se organizam para receber os turistas durante a temporada de verão, exigindo testes PCR ou passaportes de saúde e adotando medidas locais. Uma situação diferente do verão de 2020, quando poucos na Europa ousavam viajar para fora de suas fronteiras.

A seguir, a situação nos principais países:

Espanha 

O verão 2021 deve ser muito mais radiante para o setor do turismo na Espanha, com um nível de atividade equivalente a 70% do que no verão 2019 (antes da pandemia), e que foi de apenas 30% em 2020 em relação ao ano anterior, de acordo com um relatório da organização de empregadores Exceltur publicado em abril.

Quem pode entrar?

No âmbito de uma decisão tomada a nível da UE, a Espanha decidiu permitir a entrada, a partir desta segunda-feira, de todas as pessoas vacinadas, independente do país de origem. Viajantes não vacinados da UE devem apresentar PCR negativo ou teste negativo de antígeno de menos de 72 horas e preencher um formulário de saúde.

Os britânicos, o primeiro contingente de turistas, agora podem entrar na Espanha. Mas o território espanhol ainda é considerado de risco pelo Reino Unido, que impõe uma quarentena no retorno aos seus cidadãos, o que sem dúvida os desencoraja a viajar para este destino.

Os viajantes não vacinados dos Estados Unidos e da maioria dos outros países não pertencentes à UE não podem entrar na Espanha, exceto por razões muito limitadas. China, Japão (desde 24 de maio), Coreia do Sul, Tailândia e Singapura são os únicos países asiáticos para os quais a Espanha autoriza a entrada de viajantes sem teste PCR negativo.

Para mais informações acesse aqui. 

Medidas a serem respeitadas

O uso de máscara é obrigatório na Espanha mesmo ao ar livre, exceto na praia se os turistas "respeitarem a distância mínima de 1,5 m entre as pessoas". É preciso usar máscara ao caminhar na praia. As restrições, especialmente nos restaurantes e hotéis, variam de acordo com as 17 regiões espanholas, competentes em matéria de saúde. As regiões de Madri e Catalunha já não têm toque de recolher e os bares e restaurantes podem funcionar até à 01h00 (Madri) e à meia-noite (Catalunha).

Itália 

A Itália espera 20% mais turistas este verão. A península espera receber 6,7 milhões de visitantes estrangeiros a mais (24 %) do que em 2020, mas 65,8 milhões a menos que em 2019, quando a cifra de 100 milhões de turistas foi ultrapassada.

Quem pode entrar?

Passageiros da UE, Reino Unido e Israel devem apresentar PCR negativo ou teste negativo de antígeno de menos de 48 horas. Não precisarão passar por quarentena, mas deverão preencher um formulário de saúde.

Para passageiros da Austrália, Coreia do Sul, Ruanda, Tailândia, Canadá e Estados Unidos, um PCR de 72 horas ou teste de antígeno é necessário antes da chegada, e uma quarentena de dez dias com um novo teste no final. A Itália está proibida para turistas do Brasil, Índia, Bangladesh e Sri Lanka.

Para mais informações acesse aqui.

Medidas a serem respeitadas

A máscara é obrigatória nos espaços externos e internos, mas existe um debate sobre a necessidade em espaços abertos a partir de julho. Há toque de recolher da meia-noite às 05h00 nas zonas "amarelas" (risco moderado de contágio). Em bares e restaurantes, o limite por mesa é de quatro pessoas.

Portugal 

O Algarve, muito apreciado pelos britânicos, é uma das regiões mais procuradas. As reservas e voos, principalmente do Reino Unido, aumentaram desde a abertura de Portugal ao turismo, em 17 de maio. Mais turistas são esperados a partir de julho.

Quem pode entrar?

Todos os turistas devem apresentar PCR negativo de menos de 72 horas. Os passageiros podem vir de países da UE, do espaço Schengen (Liechtenstein, Noruega, Islândia e Suíça) e do Reino Unido.

Estão autoriazados, também, voos da Austrália, Coreia do Sul, Israel, Nova Zelândia, Ruanda, Singapura, Tailândia e China. Para os demais países, só são autorizadas viagens essenciais (profissional, família, saúde).

Para mais informações acesse aqui.

Medidas a serem respeitadas

Os turistas devem respeitar as regras de distanciamento e usar máscara. Nas praias e piscinas, deve-se respeitar a distância mínima de três metros. Foi adotado um sistema de informação sobre a ocupação das praias com três cores de acordo com o nível de ocupação.

Grécia 

De acordo com o ministro do Turismo, Haris Theocharis, cerca de 150 mil turistas chegaram à Grécia desde o início da temporada, em 14 de maio. A meta é atingir em 2021 entre 40 e 50% da receita de 2019 (ou seja, 18,2 bilhões de euros). Em 2020, a receita foi de apenas 4,28 bilhões.

Quem pode entrar?

Os cidadãos do espaço europeu estão sujeitos a algumas regras, bem como residentes permanentes em quase 20 países, incluindo Canadá, Estados Unidos, Israel, China, Tailândia, Rússia, Arábia Saudita.

É necessário preencher um formulário de localização online, pelo menos na véspera da chegada à Grécia, e apresentar no embarque um certificado de vacinação completo preenchido pelo menos 14 dias antes da viagem, ou um teste PCR negativo de 72 horas ou um certificado de recuperação (certificado de imunidade pós-infecção).

Para mais informações acesse aqui.

Medidas a serem respeitadas

A máscara é obrigatória na Grécia em todos os ambientes. Para viajar para as ilhas, o turista deve apresentar PCR ou teste de antígeno negativo, ou ainda o certificado de vacinação. Boates e salas de espetáculos ainda estão fechadas. Nos restaurantes, máximo de seis pessoas por mesa.

França 

Na França, primeiro destino turístico antes da pandemia, as receitas (57 bilhões de euros em 2019) caíram pela metade no verão de 2020.

Quem pode entrar?

Para países classificados como "verdes" (Espaço europeu, Israel, Austrália, Japão, Líbano, Nova Zelândia, Singapura), nenhum motivo especial para viagem é necessário e apenas pessoas não vacinadas são solicitadas a apresentar um PCR ou teste de antígeno de menos de 72 horas.

Os países considerados "laranja", como os Estados Unidos ou Reino Unido, um teste de PCR ou antígeno é necessário se a pessoa for vacinada: se não for, um motivo convincente para viajar, um teste negativo e um autoconfinamento de sete dias é requerido.

Por suz vez, " os vermelhos" - incluindo Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Uruguai, bem como Índia e África do Sul - é necessário um motivo convincente para viajar, PCR ou antígeno com ou sem vacina e quarentena de sete a dez dias na chegada ao território francês.

Para mais informações acesse aqui.

Medidas a serem respeitadas

A máscara é obrigatória mesmo em ambientes abertos, pelo menos até o final de junho, quando a proibição poderá ser suspensa. Em 9 de junho, o toque de recolher passa a ser das 23h às 6h, e será totalmente suspenso no dia 30 de junho, se a situação permitir.

Depois das áreas externas, abertas desde maio, os bares e restaurantes abrem as áreas internas no dia 9 de junho com capacidade para 50% e máximo de seis pessoas por mesa.

Reino Unido 

Quem pode entrar?

O Reino Unido ainda está fechado aos turistas estrangeiros, devido às rígidas restrições às chegadas nas fronteiras. Os cidadãos da maioria dos países (especialmente europeus) são submetidos a quarentena e testes caros e, em alguns casos (América do Sul, Índia, Turquia), a quarentena de hotel sai por 1.750 libras (US$ 2.200).

Existem alguns países classificados como "verdes", isentos de quarentena, mas esta lista é atualizada a cada três semanas. Portugal, por exemplo, foi retirado dela, três semanas após a sua inclusão.

A indústria do turismo está, portanto, concentrada nos visitantes britânicos, que são fortemente encorajados a permanecer no país no próximo verão. Para mais informações acesse aqui.

Medidas a serem respeitadas

Muitas foram suspensas, e as últimas devem ser levantadas em 21 de junho. E última etapa, porém, corre o risco de ser adiada devido à recente expansão da variante Delta, que surgiu na Índia.


Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895