Ex-bispo de Orleans será julgado na França por não denunciar padre pedófilo
Vítimas de abuso sexual se uniram após terem suas acusações ignoradas
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Na mensagem, denunciava a agressão que sofreu em 1993, em um acampamento do Movimento Eucarístico de Jovens no sudoeste da França. Lá, Castelet oficiava como capelão. Sem resposta, reuniu-se depois com Fort, quando lhe disse que mais de dez jovens haviam sido vítimas do capelão. Como nada aconteceu, voltou a recorrer à sede da diocese. Fort já havia se retirado e sido substituído pelo bispo Jacques Blaquart.
O novo bispo avisou à Procuradoria a abertura de uma investigação. "Meu cliente pensou que o jovem não quisesse que o que estava denunciando viesse a público, mas que queria apenas ter certeza de que Pierre de Castelet não teria mais contato com meninos", explicou o advogado de Fort, Benoît de Gaullier, à AFP.
É o primeiro caso de um bispo acusado por não denunciar atos de pedofilia desde a condenação de Pierre Pican, bispo emérito de Bayeux (oeste) em 2001, a três meses de prisão por não denunciar os atos de um padre de sua diocese, René Bissey, condenado a 18 anos de prisão em outubro de 2000.