Ex-presidente do Paquistão é condenado à morte por "traição"
Caso refere-se à suspensão da Constituição e declaração de estado de emergência em 2007
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O ex-presidente do Paquistão Pervez Musharraf, exilado em Dubais, foi condenado à morte, à revelia, por "alta traição", anunciou a estatal 'Radio Pakistan', em uma decisão sem precedentes em um país onde o exército é considerado imune às acusações. "O Tribunal Especial de Islamabad anunciou a sentença de morte para o ex-presidente Pervez Musharraf em um caso de alta traição", afirmou a emissora no Twitter.
O caso diz respeito à decisão de Musharraf de suspender a Constituição e declarar estado de emergência em 2007, de acordo com o advogado Ajtar Shah. Em 2016, Musharraf partiu para o exílio quando a proibição de deixar o país foi suspensa. Ele viajou a Dubai para receber atendimento médico.
Desde então, o ex-presidente, de 76 anos, passa a maior parte do tempo entre Dubai e Londres. "Musharraf queria registrar sua declaração e estava disposto a visitar o Paquistão, mas queria total segurança, o que não foi providenciado", disse o advogado. "Ele continua em Dubai, doente", insistiu. Musharraf chegou ao poder no fim de 1999 após um golpe de Estado contra o primeiro-ministro Nawaz Sharif.
