Explosão de ônibus mata 11 pessoas no Afeganistão

Explosão de ônibus mata 11 pessoas no Afeganistão

Governo afegão culpa Talibã por mortes no norte do país

AFP

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Pelo menos 11 civis, incluindo três crianças, morreram em um atentado a um ônibus no oeste do Afeganistão, informaram, neste domingo, autoridades locais. O ataque ocorreu no sábado à noite na província de Baghdis, na fronteira com o Turcomenistão, de acordo com o governador local, Hessamuddin Shams, que reportou a morte de três crianças e oito adultos (quatro mulheres e quatro homens) no ataque.

O balanço de vítimas foi confirmado por outra autoridade provincial, Khodadad Tayeb, que destacou que, com a explosão, o ônibus caiu em um barranco nesta província montanhosa. O governador de Bagdis acusou o Talibã de esconder uma bomba na beira da estrada que explodiu na passagem do ônibus, em um contexto de grande incerteza e violência, gerada pela retirada acelerada das forças americanas do país.

Este novo ataque ocorre uma semana após outros quatro atentados a microônibus de passageiros nos bairros xiitas de Cabul, que fizeram uma dúzia de mortos. Dois desses ataques foram reivindicados pelo grupo terrorista Estado Islâmico (EI), cujos combatentes - presentes, segundo a ONU, no leste e norte do país - visam especificamente a minoria xiita hazara.

Ao mesmo tempo, o Talibã está intensificando suas ofensivas contra posições do Exército afegão em muitas províncias, incluindo em torno de Cabul. No sábado, os insurgentes anunciaram que haviam "conquistado o distrito de Deh Yak", na província de Ghazni, cerca de 150 quilômetros ao sul da capital afegã.

As autoridades, porém, afirmaram que simplesmente "realocaram" suas forças para outra área. Ghazni faz parte de um eixo que conecta Cabul a Kandahar, a grande província e capital do sul do país, reduto do Talibã. Os insurgentes ocuparam brevemente a cidade de Ghazni em 2018, mas foram expulsos pelas forças de ordem afegãs.

Após o acordo de retirada assinado em fevereiro de 2020 entre o Talibã e os Estados Unidos, o presidente Joe Biden ordenou a retirada completa de suas forças antes da data simbólica de 11 de setembro, que este ano marcará o 20º aniversário dos ataques em solo americano.


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