Faixa de Gaza tem mais um dia de protestos intensos

Faixa de Gaza tem mais um dia de protestos intensos

Estimativas são de que mais de 60 pessoas tenham morrido na inauguração da assembleia dos EUA

AFP

Faixa de Gaza tem mais um dia de protestos intensos

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Pelo quinto dia consecutivo, palestinos se reúnem nesta sexta-feira na Faixa de Gaza para protestar contra a instalação da Embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém. Pelas estimativas não oficiais, mais de 60 pessoas morreram e 2.700 ficaram feridas em meio aos confrontos envolvendo tanques e gás lacrimogêneo, que começaram na última segunda-feira. A comissão que organizou as manifestações pediu aos moradores de Gaza que saiam no primeiro dia do mês de jejum do Ramadã, sob o slogan "Sexta-feira para os mártires e os feridos".

Militares israelenses, tanques e veículos blindados estão posicionados na região. Os protestos foram deflagrados a partir da decisão do presidente norte-americano, Donald Trump, de transferir a embaixada dos Estados Unidos de Tel-Aviv para Jerusalém - cidade disputada por israelenses e palestinos. Em seguida, os governos do Paraguai e da Guatemala tomaram a mesma decisão. A iniciativa gera reações da comunidade internacional. O Brasil apelou pelo diálogo e fim dos confrontos.

Reações

Uma equipe da Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas foi acionada para investigar supostas violações e abusos, incluindo aqueles que podem equivaler a crimes de guerra, e para identificar os responsáveis. Na sexta-feira, o presidente da França, Emmanuel Macron, condenou os "atos hediondos" cometidos por Israel. Para o ministro das Relações Exteriores palestino, Riyad al-Maliki, há "um sangrento massacre" na região.

Um médico canadense foi baleado nas pernas enquanto tratava dos feridos. O presidente egípcio Abdel Fattah al-Sisi autorizou a abertura de passagem na região de Rafah com Gaza por um mês, permitindo que os palestinos cruzem o caminho durante o Ramadã. A passagem de Rafah é a única porta de entrada de Gaza para o mundo exterior controlado por Israel. O acordo do Egito com Israel foi firmado há anos.

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