França adverte a Rússia sobre "consequências estratégicas" se atacar a Ucrânia

França adverte a Rússia sobre "consequências estratégicas" se atacar a Ucrânia

"Tudo isso terá um custo muito significativo para a Rússia", alertou o ministro francês das Relações Exteriores, Jean-Yves Le Drian

AFP

publicidade

A Rússia enfrentará "consequências estratégicas em massa" se atacar a Ucrânia, alertou o ministro francês das Relações Exteriores, Jean-Yves Le Drian, nesta quarta-feira. A declaração foi feita enquanto dezenas de milhares de soldados russos foram mobilizados na fronteira leste da Ucrânia.

"Haverá consequências estratégicas massivas se houver um novo ataque contra a integridade territorial da Ucrânia. Tudo isso terá um custo muito significativo para a Rússia", frisou Le Drian na Assembleia Nacional.

O leste da Ucrânia é cenário, desde 2014, de uma guerra com os separatistas pró-Rússia, supostamente ajudados pelo Kremlin. Nas últimas semanas, a tensão continuou aumentando. O Ocidente acusa o Kremlin de preparar uma invasão à Ucrânia e multiplica suas advertências. O chanceler alemão, Olaf Scholz, alertou na quarta-feira que a Rússia pagará "um alto preço" se violar as fronteiras da Ucrânia.

O Kremlin nega essas acusações e afirma, ao contrário, que a Rússia está ameaçada pela Otan, que fornece armas à Ucrânia, e pela multiplicação de destacamentos militares no Mar Negro. A este respeito, a chancelaria russa anunciou na quarta-feira que entregou aos Estados Unidos uma lista de "propostas" sobre as garantias legais que exige para manter sua segurança. Moscou se opõe à adesão da Ucrânia à Aliança Atlântica.

Os líderes da França e da Alemanha expressaram na semana passada sua vontade de continuar mediando conjuntamente a crise ucraniana entre Moscou e Kiev, que em 2014 e 2015 levou aos Acordos de Minsk. "Devemos retomar discussões substanciais para uma solução política na Ucrânia e para isso devemos retornar ao formato da Normandia" (França, Alemanha, Rússia e Ucrânia), reiterou o chanceler francês.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895