Ghosn denuncia "complô e traição" de executivos da Nissan opostos à união com a Renault

Ghosn denuncia "complô e traição" de executivos da Nissan opostos à união com a Renault

Empresário também rejeitou as acusações de que seus 19 anos à frente do grupo foram "uma ditadura"

AFP

Nissan reagiu imediatamente às declarações de Ghosn

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Detido no Japão por fraude financeira, o ex-presidente da Renault Carlos Ghosn denunciou "um complô e uma traição" dos executivos da Nissan opostos à integração do fabricante automotivo francês com seus aliados japoneses, em declarações ao jornal econômico japonês Nikkei. Esta entrevista, a primeira desde a detenção do empresário em 19 de novembro, foi dada na prisão onde ele está detido. Ghosn rejeitou as acusações de que seus 19 anos à frente do grupo foram "uma ditadura".

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"Traduziram liderança forte como ditadura, deformando a realidade para se livrar de mim", disse. "O projeto de integrar" Renault, Nissan e Mitsubishi Motors havia sido discutido com o presidente da Nissan, Hiroto Saikawa, em setembro de 2018, indicouo executivo franco-brasileiro-libanês de 64 anos. A Nissan reagiu imediatamente às declarações de Ghosn, dizendo que Saikawa já havia "categoricamente rejeitado a noção de golpe de estado".

A investigação secreta realizada em 2018 "revelou provas significativas e convincentes de malversações", acrescentou a Nissan em uma declaração à AFP. Carlos Ghosn foi acusado pela Justiça de cometer abuso de confiança e de omitir parte de sua renda entre 2010 e 2018. Em 8 de janeiro, em seu único comparecimento diante de um tribunal, Ghosn rejeitou as acusações.

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