Governo e oposição relatam avanço em diálogo na Venezuela
Contato entre delegações é mediado pela Noruega
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As delegações do governo de Nicolás Maduro e da oposição anunciaram nesta quinta-feira que avança o diálogo para se resolver a crise na Venezuela, sob a mediação da Noruega. Após quatro dias de conversações em Barbados, as partes emitiram declarações para reafirmar que a negociação continua.
Seguimos en los diálogos y ratificamos el pleno respeto a las pautas establecidas. Exhortamos a todas y todos para que se cuide este esfuerzo de negociación entre venezolanos #DialogoAvanza pic.twitter.com/ppbmbeOfpa
— Jorge Rodríguez (@jorgerpsuv) July 18, 2019
"Seguimos com o diálogo e ratificamos o pleno respeito às pautas estabelecidas. Exortamos todas e todos para que cuidem deste esforço de negociação entre os venezuelanos", escreveu no Twitter Jorge Rodríguez, ministro da Comunicação e líder da delegação de Maduro.
O deputado Stalin González, representante de Guaidó, reconhecido como presidente interino da Venezuela por mais de 50 países, informou que "junto à comunidade internacional e graças à mobilização popular dos venezuelanos, seguimos avançando para buscar o fim do sofrimento do nosso povo e escolher um futuro de liberdade".
Ratificamos el mensaje del reino de Noruega. Junto a la comunidad internacional, y gracias a la movilización de todos los venezolanos, avanzamos para buscar el fin al sufrimiento de nuestro pueblo y elegir nuestro futuro en libertad.https://t.co/eiErlzafhc
— Stalin González (@stalin_gonzalez) July 18, 2019
Segundo o ministério norueguês das Relações Exteriores, os delegados "continuam com as negociações iniciadas em Oslo (em maio) com base em uma mesa que trabalha de maneira contínua e rápida". "Acentuamos a necessidade de que as partes tomem a máxima precaução com seus comentários e declarações sobre o processo, de acordo com as pautas estabelecidas".
A oposição busca nas negociações a saída de Maduro e novas eleições, ao considerar que seu segundo mandato, iniciado em janeiro, foi resultado de votação fraudulenta. Mas Maduro descarta a renúncia e adverte que o diálogo deve levar a uma "convivência democrática" e ao fim do "golpismo" de seus adversários. Durante o governo de Maduro, a Venezuela se afundou na pior crise social e econômica de sua história moderna, o que levou quatro milhões de pessoas a emigrar a partir de 2015, segundo a ONU.