Governo francês abre inquérito sobre bebês nascidos sem braços

O governo francês decidiu iniciar uma nova investigação sobre os bebês nascidos sem braços em várias regiões do país, de acordo com anúncio, realizado neste domingo, pela ministra da Saúde, Agnès Buzyn. Os nascimentos foram registrados de forma agrupada, em perímetros reduzidos, nas regiões de Ain (com sete nascimentos entre 2009 e 2014), Loire-Atlântico (três nascimentos entre 2007 e 2008), Bretanha (quatro bebês entre 2011 e 2013); gerando preocupações nas áreas afetadas.

Junto com o ministro da Transição Ecológica, François Rugy, "decidimos relançar uma investigação" para ter "visões cruzadas" de médicos e especialistas em meio ambiente, declarou Buzyn na transmissão do "Grand Jury", organizada pela RTL, Le Figaro e LCI. "Não podemos nos contentar em dizer que não encontramos as causas, é insuportável", acrescentou a ministra.

Na primeira investigação, a agência sanitária "Santé publique France" concluiu, no início de outubro, que o número de casos em Ain não era estatisticamente superior à média nacional. Por outro lado, há um excesso de casos em Loire-Atlântico e Bretanha, sem explicação. Segundo Buzyn, na França existem "entre 80 e 100 nascidos por ano com malformação de membros". As causas podem ser genéticas, estarem ligadas a limitações físicas ou devido à presença de substancias tóxicas na alimentação, no meio ambiente e até mesmo em medicamentos, como foi o caso da talidomida.