Governo interino da Bolívia anuncia começo de diálogo para encerrar protestos

Governo interino da Bolívia anuncia começo de diálogo para encerrar protestos

Repressão a protestos após renuncia de Morales deixaram ao menos 32 mortos

AFP

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O governo interino da Bolívia e setores da oposição vão iniciar um diálogo neste sábado para "pacificar o país" após um mês de violenta crise, que deixou até o momento 32 mortos, anunciou o ministro das Obras Públicas, Yerko Núñez. "Estamos começando a dialogar para pacificar o país", disse o porta-voz oficial em comunicado à imprensa.

Núñez afirmou que há um acordo com todas as forças envolvidas nos protestos - que se seguiram à renúncia e ao asilo de Evo Morales - visando uma saída emergencial para a crise. "Amanhã instalamos o diálogo para ter o país 100% sem bloqueios, pacificado e de volta à normalidade", destacou o funcionário. Segundo o responsável, as conversações ocorrerão no Palácio Quemado (sede presidencial) e contarão com "todas as organizações que estão mobilizadas".

"Há grande disposição para solucionar e encerrar este tema da melhor maneira", disse Núñez. A Bolívia passa por sua pior crise em 16 anos, após as eleições gerais de 20 de outubro. Com 13 anos no poder, Morales foi proclamado vencedor das eleições, mas a oposição denunciou fraude na apuração e a onda de protestos que se seguiu, com o apoio das forças armadas, levou à renúncia do presidente.

Asilado no México, Morales denuncia que foi vítima de um golpe de Estado, e seus partidários ocupam agora as ruas para protestar contra o governo interino de Jeanine Áñez.


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