Governo uruguaio nega asilo político a ativistas brasileiros
Manifestantes foram orientados a deixar representação diplomática no Rio sob risco de serem presos
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A deputada estadual Janira Rocha (Psol), acompanhou a permanência dos três no Consulado uruguaio durante essa segunda-feira. Já à noite, segundo a assessoria da parlamentar, a consulesa Myriam Fraschini Chalar informou que o pedido havia sido negado pela Embaixada do Uruguai, em Brasília, e que eles deveriam deixar a representação diplomática no Rio sob o risco de serem presos pela Polícia Federal.
Os três deixaram o prédio pela porta da frente e partiram em um carro preto com os vidros escuros, sem falar com os jornalistas que buscavam informações. À tarde, dois policiais civis tentaram entrar na sede do consulado, com o mandado judicial de prisão em nome da advogada Eloísa Samy, mas foram impedidos pela segurança consular.
De acordo com a denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro, a advogada Eloísa Samy juntou-se aos demais ativistas no exercício de sua atividade “tendo, após, desvirtuado sua conduta e passado a participar ativamente dos atos violentos, inclusive passando instruções aos ocasionais participantes, tendo sido vista ordenando o início de atos de violência”. Ainda segundo a denúncia, a advogada prestava apoio logístico aos ativistas e cedia sua residência para reuniões.
Outras 22 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público por participação em atos violentos durante manifestações de junho do ano passado no Rio de Janeiro. O juiz da 27ª Vara Criminal da Capital, Flávio Itabaiana, aceitou a denúncia e determinou a prisão preventiva de todos. Cinco já estão presos e 18 são considerados foragidos.