Grécia pede que membros do governo cedam metade de seus salários para combater Covid-19

Grécia pede que membros do governo cedam metade de seus salários para combater Covid-19

Pedido do primeiro-ministro teve eco imediato na presidente, Katerina Sakellaropulu, que decidiu doar valor pelos próximos dois meses

AFP e Correio do Povo

Premiê considerou que "o mundo político de nosso país deve estar na vanguarda da solidariedade"

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O primeiro-ministro grego Kyriakos Mitsotakis pediu aos membros de seu governo e aos deputados de sua maioria que doem a metade de seus salários para o combate ao à pandemia de Covid-19. "Somos todos iguais diante da ameaça à saúde. Mas, para combatê-la, cada um deve participar de acordo com suas próprias forças", afirmou o premiê na segunda-feira. A nação helênica contabiliza até agora 46 mortes e 1.212 casos do novo coronavírus, em uma população de cerca de 11 milhões de habitantes.

Mitsotakis espera que os aliados cedam o montantes pelos próximos dois meses e quer que a oposição faça o mesmo. Também defendeu que "assim como o governo se mobilizou com medidas ousadas contra a pandemia, o mundo político de nosso país deve estar na vanguarda da solidariedade".

O pedido teve eco imediato na nova presidente, Katerina Sakellaropulu, que decidiu doar metade de seu salário dos próximos dois meses "devido às difíceis circunstâncias financeiras em que o país se encontra por conta da pandemia de coronavírus", segundo um comunicado.

O partido opositor de esquerda Syriza considerou que essa contribuição deveria ser "obrigatória e não opcional, já que os empregados que perderam metade de seus salários não tiveram opção".  Além disso, propôs que “essa contribuição deveria ser estendida aos deputados e aos nomeados para cargos no governo, bem como para entidades jurídicas do setor público ou do setor público em geral”. O Partido Comunista (KKE) pediu uma redução permanente dos salários de todos os políticos.

O Supremo Tribunal emitiu nesta terça-feira um lembrete aos promotores do país da necessidade de impor estritamente medidas introduzidas pelas autoridades de saúde do país para impedir a propagação do novo coronavírus. Em uma carta aos promotores, Vassilis Pliotas enfatizou a necessidade de “vigilância e intervenção constante” quando os regulamentos destinados a conter o vírus altamente contagioso e mortal estão sendo violados, citando uma lei no código criminal sobre violações que colocam a saúde do público em risco.


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