Hollande defende caças Rafale apesar do fracasso da venda para Brasil
Compra dos 36 aviões suecos custará 4,5 bilhões de dólares aos cofres públicos
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O Brasil decidiu na véspera comprar 36 caças da sueca Saab em uma bilionária licitação na qual competiram também os Estados Unidos e a França, segundo anunciou o ministro da Defesa brasileiro, Celso Amorim, após mais de uma década de discussões. A transação está avaliada em 4,5 bilhões de dólares, segundo a Força Aérea Brasileira.
Para substituir os velhos Mirage da FAB, o caça Gripen NG da Saab competia com o F/A-18 Super Hornet da norte-americana Boeing e o Rafale da francesa Dassault. A negociação do contrato entre a Força Aérea Brasileira e a Saab levará entre 10 e 12 meses, informou Amorim. A assinatura do contrato está prevista para o final do próximo ano e "48 meses depois estarão chegando os primeiros aviões", disse o comandante da FAB, Juniti Saito.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a anunciar, em 2009, a compra dos aviões franceses, que foram favoritos durante muitos anos, embora depois tenha recuado e deixado a decisão para sua sucessora, Dilma Rousseff. A francesa Dassault Aviation lamentou a escolha dos Gripen, e considerou que o caça sueco é inferior ao Rafale.
Um dos principais requerimentos brasileiros é a transferência irrestrita de tecnologia para fabricar os aviões e equipar a indústria de defesa do país. No início de 2011, Dilma adiou a decisão sobre os caças por causa de cortes orçamentários, apesar de a Força Aérea insistir na urgência da decisão.