Igreja do Santo Sepulcro permanece fechada pelo segundo dia
Templo é considerado o mais sagrado do cristianismo
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Os líderes religiosos protestam contra uma decisão anunciada há algumas semanas pelo município israelense de Jerusalém de cobrar impostos de algumas propriedades das Igrejas consideradas como "comerciais", já que não seriam locais de culto ou educação religiosa, mas que recebem atividades comerciais que geram renda. Também protestam contra uma proposta de lei israelense que, afirmam, atacaria seus direitos de propriedade em Jerusalém.
De acordo com as igrejas, as medidas de Israel são uma tentativa de enfraquecer a presença cristã em Jerusalém". "Esta lei detestável tornará possível a desapropriação de propriedades da igreja", afirma um comunicado divulgado no domingo. "Nos recorda as leis similares adotadas contra os judeus durante o período mais obscuro na Europa", advertiram os líderes cristãos.
Considerado como o local mais sagrado do cristianismo, o Santo Sepulcro foi construído onde se acredita que Jesus teria sido crucificado e enterrado, de acordo com a tradição. Centenas de milhares de pessoas visitam o local todos os anos em peregrinação.
Frustração no domingo
A igreja está localizada na Cidade Velha de Jerusalém Oriental, a parte palestina da cidade sagrada que Israel ocupa há 50 anos e cuja anexação é considerada ilegal pela comunidade internacional. No domingo, turistas encontraram as portas da igreja fechadas e os guias turísticos tentavam explicar por que não podiam entrar, o que deixava a todos frustrados.
O prefeito de Jerusalém, Nir Barkat, indicou em um comunicado que a cidade esperava recuperar 650 milhões de shekels (152 milhões de euros) em impostos atrasados de algumas propriedades das igrejas. Ele apontou que o Santo Sepulcro e todas as outras igrejas eram isentas de impostos e permaneceriam assim, e que apenas estabelecimentos como "hotéis, salas de reuniões e lojas" pertencentes às Igrejas seriam afetadas.