Invasão da embaixada americana deixa três mortos em Túnis
Manifestantes protestam contra filme americano que ofende o Islã
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Mais cedo, a polícia jogou gás lacrimogêneo contra centenas de membros da ala radical do salafismo, que protestavam diante da sede diplomática americana jogando pedras e outros objetos. Ainda em Túnis, manifestantes islamitas atacaram e incendiaram uma escola americana, situada a poucos metros da embaixada do país, segundo a TAP. "Os manifestantes, que atacaram nesta sexta-feira a embaixada americana em Túnis, também incendiaram os prédios da escola americana situada nas proximidades da embaixada e saquearam o material que havia no local", indicou a agência de notícias.
Os confrontos continuaram no início da tarde desta sexta-feira em todo o bairro da embaixada, na periferia de Túnis. Reforços policiais e militares foram enviados para o local, mas não conseguiram até dispersar por completo os manifestantes que entraram na embaixada e iniciaram os incêndios.
O longa-metragem polêmico faz referência à vida de Maomé, abordando temas como a homossexualidade e a pedofilia, além de apresentar os muçulmanos como imorais e gratuitamente violentos. O filme foi dirigido e produzido por Sam Bacile, um corretor imobiliário israelense-americano de 54 anos, nativo do sul da Califórnia, que afirma que o Islã é "uma religião do ódio".