Iraque determina prisão de ex-funcionários do governo por corrupção

Iraque determina prisão de ex-funcionários do governo por corrupção

Pelo menos 2,5 bilhões de dólares foram roubados entre setembro de 2021 e agosto de 2022 por meio de 246 cheques descontados por cinco empresas

AFP

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A Justiça do Iraque emitiu mandados de prisão neste sábado (4) de quatro ex-funcionários do governo acusados de facilitar o desvio de 2,5 bilhões de dólares (cerca de 13 bilhões de reais) dos cofres públicos, um dos maiores escândalos de corrupção do país.

Um juiz de Bagdá "emitiu mandados de prisão para quatro ex-funcionários do alto escalão do governo", disse a agência anticorrupção estatal em nota.

Os alvos, que incluem o ex-ministro das Finanças e pessoas próximas ao ex-primeiro-ministro Mustafa al-Kadhimi, vivem fora do país, de acordo com um funcionário da agência que falou sob condição de anonimato.

As ordens não identificam os responsáveis, mas segundo esta fonte são o ex-ministro Ali Allawi, o ex-diretor de gabinete do chefe de governo Raed Jouhi, seu secretário pessoal Ahmed Najati e o assessor Mushrik Abbas.

Allawi, um político e acadêmico respeitado, renunciou em agosto passado quando o escândalo estourou.

O caso, apelidado de "o golpe do século", provocou indignação neste país assolado pela corrupção.

Pelo menos 2,5 bilhões de dólares foram roubados entre setembro de 2021 e agosto de 2022 por meio de 246 cheques descontados por cinco empresas. O dinheiro foi sacado em espécie de contas dessas empresas, cujos titulares estão foragidos.

Os quatro homens são acusados de "facilitar o desvio de valores pertencentes à autoridade fiscal", diz a nota, acrescentando que também estarão sujeitos ao congelamento de seus bens.


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