Irmã de líder norte-coreano diz que cúpula intercoreana é possível sob condições

Irmã de líder norte-coreano diz que cúpula intercoreana é possível sob condições

Conflito entre as duas Coreias nos anos de 1950 terminou com um armistício, e não com tratado de paz

AFP

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A irmã e assessora do líder da Coreia do Norte, Kim Yo Jong, afirmou em um comunicado neste sábado (25) que uma cúpula intercoreana poderia ser realizada, mas apenas se houver garantias de "respeito" mútuo e "imparcialidade". Esta é a segunda declaração importante da irmã e assessora principal de Kim Jong Un nos últimos dias.

Na sexta-feira, ela havia instado Seul a pôr fim a suas "políticas hostis" para a Coreia do Norte depois de que o presidente sul-coreano pediu que fosse oficialmente declarado o fim do estado de guerra com Pyongyang. O conflito entre as duas Coreias nos anos de 1950 terminou com um armistício, e não com um tratado de paz, o que deixa Seul e Pyongyang tecnicamente em estado de guerra durante mais de meio século.

Uma cúpula intercoreana entre o seu irmão e o sul-coreano Moon Jae-in poderia acontecer "apenas quando estiverem garantidas a imparcialidade e a atitude de respeito mútuo", disse Kim Yo Jong em uma declaração difundida pela agência oficial de notícias da Coreia do Norte, KCNA. A dirigente norte-coreana também destacou que uma cúpula, assim como as discussões sobre uma declaração para pôr fim à guerra, poderia acontecer "em breve, mediante discussões construtivas".

"Não há necessidade de Norte e Sul perderem tempo se acusando mutuamente e participando de uma guerra de palavras", acrescentou.

Kim também reiterou o apelo feito na sexta-feira para que Seul abandone sua "dupla moral desigual", em uma aparente referência às críticas de Moon aos últimos lançamentos de mísseis por parte de Coreia do Norte.

Na semana passada, a Coreia do Sul testou com sucesso um míssil balístico lançado de um submarino (SLBM, na sigla em inglês), se transformando em um dos poucos países que contam com essa avançada tecnologia. A Coreia do Norte, por outro lado, realizou apenas neste mês dois lançamentos de mísseis, um de cruzeiro de longo alcance e outro balístico de curto alcance.

Os contatos entre as duas Coreias foram cortados, em grande medida, depois da cúpula entre Estados Unidos e Coreia do Norte no Vietnã, em fevereiro de 2019, que acabou fracassando depois que o então presidente Donald Trump e Kim Jong Un não conseguiram chegar aos termos de um acordo.


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