Israel amplia sua ofensiva terrestre contra o Hezbollah no Líbano

Israel amplia sua ofensiva terrestre contra o Hezbollah no Líbano

Mais de 15 mil tropas participam de ofensiva

AFP

Exército israelense anuncia operações contra o Hezbollah no sudoeste do Líbano

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Israel afirmou nesta terça-feira (8) que intensificou sua ofensiva terrestre contra o movimento islamista Hezbollah no sul do Líbano. No primeiro aniversário dos ataques do Hamas, em 7 de outubro, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu que lutará até a vitória contra o movimento palestino e o Hezbollah libanês, aliados do Irã, seu inimigo declarado.

Apesar das mortes de seus líderes, estes movimentos continuam a disparar foguetes contra Israel, a partir de Gaza e do Líbano. O Exército israelense anunciou novas operações contra o Hezbollah no sudoeste do Líbano, na costa do Mediterrâneo.

"Ontem [segunda-feira], a Divisão 146 iniciou operações limitadas, localizadas e seletivas contra alvos terroristas e infraestruturas do Hezbollah no sudoeste do Líbano", disseram os militares no Telegram.

O Exército também anunciou novos bombardeios nesta terça-feira contra "alvos terroristas do Hezbollah" no sul de Beirute, reduto da milícia.

Quatro divisões

Depois de enfraquecer o Hamas em sua ofensiva em Gaza, o Exército israelense transferiu a maior parte das suas operações para o Líbano em setembro para combater o Hezbollah, que abriu uma frente em 8 de outubro de 2023 contra Israel em apoio ao movimento palestino.

Israel quer afastar os militantes pró-Irã das suas zonas fronteiriças, reduzir as hostilidades e permitir que cerca de 60 mil habitantes que fugiram da violência no norte voltem para casa.

Depois de quase um ano de fogo cruzado na fronteira, o Exército israelense começou a bombardear os redutos do Hezbollah no sul e no leste do Líbano, e nos subúrbios ao sul de Beirute, em 23 de setembro. Em um desses ataques, o líder do movimento, Hasan Nasrallah, morreu.

No dia 30 de setembro, o Exército lançou uma ofensiva terrestre no sul do Líbano, onde atualmente conta com quatro divisões posicionadas. Apesar destes intensos bombardeios, a milícia xiita garante que sua situação é "boa".

"Todos os dias alcançamos muitos objetivos: centenas de foguetes [disparados], dezenas de drones, um grande número de colônias e cidades [israelenses] sob o fogo da resistência [...] Posso garantir que nossas capacidades continuam boas, contrariando o inimigo, que afirma que nos enfraqueceu", disse Naim Qasem, número dois do grupo.

A liderança do movimento está "perfeitamente organizada", acrescentou. Os militares israelenses disseram na terça-feira que cerca de 85 projéteis foram disparados do Líbano em direção à cidade de Haifa e ao norte de Israel.

"Missão sagrada"

Desde outubro do ano passado, mais de 2.000 pessoas morreram no Líbano e mais de mil delas desde 23 de setembro, segundo uma contagem da AFP baseada em números oficiais. Mais de um milhão de pessoas foram forçadas a se deslocar.

"Definimos os objetivos da guerra e estamos no caminho certo para alcançá-los: destruir o Hamas [em Gaza], trazer para casa todos os reféns, tanto os vivos como os mortos. Esta é uma missão sagrada e não iremos parar até alcançá-la", declarou Netanyahu na segunda-feira.

"Uma resposta mais forte"

O Hamas afirma continuar sua luta contra Israel, através de uma "longa batalha de desgaste", nas palavras do porta-voz do braço armado do movimento, Abu Obeida. Em Gaza, o Exército israelense bombardeou o norte no centro do território nesta terça-feira. A guerra em Gaza e no Líbano desencadeou uma escalada de violência entre Israel e Irã.

Israel declarou que prepara um ataque ao seu arqui-inimigo iraniano, em resposta aos mísseis disparados há uma semana por Teerã contra seu território. A República Islâmica diz que reagirá a qualquer resposta israelense.

"Qualquer ataque às infraestruturas iranianas implicará uma resposta mais forte", disse o ministro das Relações Exteriores, Abbas Araqchi, citado pela televisão estatal.

O presidente americano, Joe Biden, aconselhou Israel a não atacar instalações petrolíferas no Irã, um dos dez maiores produtores de petróleo do mundo.

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