Israel anuncia o confisco de 12,7 km2 na Cisjordânia ocupada
Agência israelense declarou em junho as terras do Vale do Jordão como "propriedade do Estado”

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Israel aprovou o confisco de 12,7 quilômetros quadrados na Cisjordânia ocupada, o que uma ONG denunciou nesta quarta-feira (3) como o maior confisco de terras naquela região palestina em três décadas.
A agência israelense responsável pelos assuntos territoriais desta região declarou em junho as terras do Vale do Jordão como "propriedade do Estado", segundo um comunicado divulgado pela organização Peace Now e obtido nesta quarta-feira pela AFP.
"A área designada [para confisco] é a maior desde os Acordos de Oslo (1993)", observou a Peace Now.
O ano de 2024, com 23,7 km2 de terras confiscadas na Cisjordânia, "marca um pico na extensão das declarações de terras estatais", acrescentou.
Quando um pedaço de terra é declarado "propriedade do Estado", os palestinos perdem os seus direitos à propriedade privada e ao uso dessa superfície, explicou a ONG.
Israel tomou Cisjordânia, Jerusalém Oriental e a Faixa de Gaza na Guerra Árabe-Israelense de 1967. Desde então, construiu dezenas de assentamentos na Cisjordânia, considerados ilegais pelo direito internacional, onde vivem mais de 490 mil israelenses.
Cerca de três milhões de palestinos residem na Cisjordânia.