Soldados israelenses invadiram um prédio do governo municipal em uma vila fronteiriça no sul do Líbano na manhã de quinta-feira, 30, e mataram um funcionário, informou a mídia estatal libanesa. O incidente na cidade de Blida gerou condenação por parte das autoridades libanesas e um protesto dos moradores.
O exército israelense disse, em comunicado, que os soldados entraram para "destruir a estrutura terrorista" pertencente ao grupo militante Hezbollah e "identificaram um suspeito" dentro do prédio que tentaram apreender. Eles afirmaram que dispararam para "neutralizar uma ameaça" e que os detalhes do incidente estavam sob investigação.
Desde que um cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos interrompeu a última guerra entre Israel e Hezbollah em novembro passado, forças israelenses continuaram a lançar ataques quase diários ao Líbano, dizendo que está visando militantes, instalações e armas do Hezbollah. Suas forças também continuaram a ocupar vários pontos estratégicos no lado libanês da fronteira.
- Rússia bombardeia instalações de energia e deixa três mortos na Ucrânia
- Destróier dos EUA deixa Trinidad e Tobago após quatro dias em frente ao litoral da Venezuela
- Trump ordena a retomada de testes com armas nucleares 33 anos após o fim da Guerra Fria
- Israel anuncia retomada do cessar-fogo em Gaza após bombardeios letais
No entanto, incursões por forças terrestres como a de Blida são raras. O presidente libanês, Joseph Aoun, disse, em comunicado, que o funcionário municipal, Ibrahim Salameh, foi morto "enquanto realizava suas funções profissionais."
Moradores de Blida expressaram raiva em relação ao exército libanês e à força de paz das Nações Unidas conhecida como UNIFIL, que, segundo eles, não estavam protegendo os civis. Os moradores confrontaram os pacificadores da UNIFIL que chegaram à vila na manhã de quinta-feira e pediram para que eles fossem embora.