Juíza da Lava Jato manda repatriar R$ 46 milhões de "saldos de propinas" da Odebrecht em Antígua
Valor corresponde a 50% do total das contas
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O valor corresponde a 50% do total dos saldos das contas. "Considerando que aos valores movimentados nas contas consistem em saldos de propina e que os colaboradores concordaram com o perdimento e repatriação de tais valores, defiro o requerido pelo Ministério Público Federal para decretar os perdimento e a repatriação de 50% dos saldos contidos nas contas", ordenou Gabriela Hardt em 4 de dezembro.
A decisão da juíza acolhe pedido do Ministério Público Federal (MPF). A força-tarefa da Lava Jato montou uma tabela com as contas ligadas aos executivos Fernando Migliaccio da Silva, José Américo Vieira Spinola, Luiz Eduardo da Rocha Soares, Marcelo Rodrigues e Olívio Rodrigues Júnior. A planilha contém o nome, o número e o beneficiário econômico/titular da conta e os valores de saldos e investimentos.
"Grande parte do dinheiro que circulou nessas contas e mesmo os seus saldos pertenciam - e pertencem - a empresa
Odebrecht, que já assentiu, por meio do acordo de leniência firmado, com o seu perdimento", apontaram os procuradores da Lava Jato. "Para que o perdimento desse dinheiro seja possível, necessário que as pessoas acima indicadas, todos colaboradores da Justiça brasileira, concordem expressamente com a repatriação e perdimento desses valores."
Em manifestação à Justiça, as defesas dos delatores concordaram com a repatriação dos valores que estão no exterior. O dinheiro será transferido para contas abertas em nome de cada executivo.