Justiça alemã rejeita pedido de prisão contra líder separatista catalão Puigdemont

Justiça alemã rejeita pedido de prisão contra líder separatista catalão Puigdemont

Desde destituição ocorrida em outubro passado, ex-presidente aguarda decisão sobre extradição

AFP

Desde destituição ocorrida em outubro passado, ex-presidente aguarda decisão sobre extradição

publicidade

O Tribunal Superior do estado alemão de Schleswig-Holstein rejeitou nesta terça-feira um pedido de prisão para o ex-presidente catalão Carles Puigdemont, enquanto aguarda uma decisão sobre sua eventual extradição para a Espanha. A Procuradoria de Schleswig-Holstein havia solicitado, pela segunda vez, em 9 de maio, a detenção provisória de Puigdemont, após receber "novas informações" do governo espanhol.

Puigdemont foi destituído pelo governo de Madri depois da fracassada tentativa de declaração de independência em outubro passado e foi detido em março na Alemanha, onde aguarda uma decisão sobre sua extradição. O tribunal de Schleswig-Holstein considerou nesta terça-feira que "não aumentou o risco de fuga de Puigdemont" e disse que ele pode seguir em liberdade provisória enquanto aguarda seu julgamento.

• Novo líder catalão evita prometer Constituição ao assumir posto

Puigdemont foi detido em razão de um mandado de detenção europeu emitido pela Espanha, que o acusa de desvio de dinheiro público e rebelião, punível com até 30 anos de prisão. Desde que deixou a Espanha em outubro, viveu na Bélgica, mas foi detido ao transitar pela Alemanha. Depois do mandato espanhol, o tribunal de Schleswig-Holstein rejeitou em 6 de abril a extradição de Puigdemont por rebelião e agora terá que decidir se o extraditará pela acusação de desvio de dinheiro público, menos grave.

A Procuradoria de Schleswig-Holstein explicou nesta terça que as novas informações recebidas da Espanha contra Puigdemont incluem vídeos que mostram "atos de violência contra a polícia espanhola" por manifestantes pró-independência e que justificam a acusação de rebelião. O conceito de "rebelião" não existe como tal no direito alemão, mas está próximo do de "alta traição" inscrito no código penal alemão. No entanto, este último inclui o uso da violência.

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895