Justiça confirma 25 anos de prisão para ex-ditador uruguaio

Justiça confirma 25 anos de prisão para ex-ditador uruguaio

Gregorio 'Goyo' Alvarez foi acusado de 37 homicídios na década de 70

AFP

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Um tribunal penal condenou a 25 anos de prisão o ex-ditador uruguaio Gregorio 'Goyo' Alvarez (1981-85), por "37 crimes de homicídio especialmente agravados", cometidos durante a chamada operação "Cóndor", informou nesta sexta-feira a Suprema Corte de Justiça. A sentença definitiva, em segunda instância, também confirmou a pena de 20 anos de prisão contra o ex-capitão da Marinha Juan Carlos Larcebeau, por "29 crimes de homicídio".

Comandante do Exército em 1978 e último presidente da ditadura uruguaia, Alvarez, hoje com 84 anos, foi julgado em dezembro de 2007 pelo desaparecimento forçado de presos políticos, executados após sua transferência clandestina de Buenos Aires para Montevidéu, em 1978. A ação era parte da operação "Cóndor", que coordenou a repressão entre as ditaduras do Cone Sul.

Apesar de ter sido o último presidente do regime militar, Alvarez teve ativa participação no golpe de Estado de 1973 no Uruguai, e foi um dos principais líderes da ditadura que assolou o país até 1985. Em 27 de junho de 1973, Alvarez liderou o movimento das Forças Armadas que ocupou o Parlamento e dissolveu suas duas câmaras, dando início a uma ditadura de 12 anos.

Larcebeau, 64 anos, atuou em atividades de Inteligência militar na Argentina e no Uruguai, pelas quais se comprovou sua responsabilidade em 29 homicídios.

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