Justiça da Venezuela exclui aliança opositora de eleições presidenciais
Pretendendo reeleição, presidente Nicolás Maduro reprogramou processo de reinscrição de partidos políticos
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"Se ordena ao Conselho Nacional Eleitoral a exclusão 'Mesa da Unidade Democrática' (MUD) no processo de renovação convocado", afirma a sentença do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), que autoriza o Poder Eleitoral a reprogramar por seis meses a reinscrição de partidos, incluindo a coalizão. A Assembleia Constituinte que rege no país, adiantou as eleições presidenciais, habitualmente realizadas em dezembro, para, no mais tardar, 30 de abril.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) -acusado pela oposição de estar a serviço de Maduro- havia fixado para sábado e domingo a renovação da MUD e dos principais partidos que a integram. Para reinscrever-se, os partidos deveriam levar ao CNE as assinaturas de pessoas que representem 0,5% dos inscritos no Registro Eleitoral em pelo menos 12
estados, de acordo com a lei. Cerca de 19 milhões de pessoas estão registradas para votar em todo o país.
Mas o TSJ atrasou por seis meses o processo de renovação. A sigla da MUD é a mais votada na história eleitoral venezuelana, após a vitória opositora nas eleições parlamentares de 2015.