Kim Jong Un quer que Papa visite a Coreia do Norte
Líder afirmou que sumo pontífice irá receber "calorosas boas-vindas"
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Moon começará uma viagem de nove dias à Europa entre os próximos dias 13 e 21, que inclui etapas na França, na Itália, na Dinamarca e no Vaticano. Moon se aproxima atualmente de Kim, depois das três reuniões entre os dois no último ano.
Na última cúpula, que aconteceu em Pyongyang no mês passado, Moon foi acompanhado pelo arcebispo sul-coreano Hyginus Kim Hee-joong. Segundo o porta-voz de Moon, durante a reunião, Kim pediu ao arcebispo que comunicasse ao Vaticano sobre sua intenção de trabalhar pela paz.
O líder norte-coreano deu vários passos rumo à reconciliação desde o ano passado, incluindo uma histórica cúpula com o presidente americano Donald Trump em junho. A liberdade religiosa é garantida pela Constituição norte-coreana. Entretanto, as atividades religiosas são rigorosamente vigiadas e totalmente proibidas por fora das estruturas oficiais.
No começo do século XX, antes da divisão da península, Pyongyang era um importante centro religioso, com numerosas igrejas e uma comunidade cristã que era chamada de "Jerusalém da Ásia". No entanto, o fundador do regime e avô do atual líder, Kim Il Sung, considerava a religião cristã uma ameaça contra seu reino autoritário e a erradicou com execuções e trabalhos forçados nos campos.
Desde então, o regime norte-coreano autorizou as organizações católicas a desenvolver projetos de ajuda em seu território, mas não tem relações diretas com o Vaticano. Em sua visita à Coreia do Sul em 2014, o Papa Francisco fez uma missa especial em Seul dedicada à reunificação coreana.