Leopoldo López se refugia na residência diplomática do Chile em Caracas

Leopoldo López se refugia na residência diplomática do Chile em Caracas

Opositor cumpria prisão domiciliar e disse ter sido solto após os soldados que vigiavam sua casa deixarem de reconhecer Maduro

Correio do Povo, AE, R7 e Agência Brasil

Opositor do governo Maduro estava em prisão domiciliar

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Leopoldo López, ferrenho opositor do governo de Nicolás Maduro está abrigado na residência diplomática do Chile em Caracas, capital venezuelana. López está acompanhado da esposa, Lilian Tintori, e dos filhos. Mais cedo, López que cumpria prisão domiciliar disse ter sido solto após os soldados que vigiavam sua casa deixarem de reconhecer a liderança do chavista. Então, foi para as ruas ao lado de Juan Guaidó. Leopoldo foi condenado a 14 anos de prisão por sua participação nas manifestações da oposição em 2014. Cinco militares venezuelanos também pediram abrigo na embaixada, ao ponto que outros dois opositores, Freddy Guevara e Roberto Enriquez, estão no local há mais de um ano.

A informação de que López buscou abrigo na embaixada tinha sido divulgada poucos instantes antes, pelo embaixador da Venezuela na ONU, Samuel Moncada. Em pronunciamento a jornalistas, Moncada revelou que o líder oposicionista venezuelano se encontrava na embaixada chilena, o que, segundo ele, é um indício do fracasso da tentativa da oposição de tomar o poder do presidente Nicolás Maduro. A embaixada fica a menos de dez quilômetros de distância do Palácio de Miraflores, sede do governo venezuelano. Mais cedo, milhares de venezuelanos contrários e favoráveis a Maduro tomaram as ruas da capital, Caracas, e de outras cidades venezuelanas.

 Ainda durante seu pronunciamento aos jornalistas, o embaixador venezuelano na ONU, Samuel Moncada, garantiu que a ação deflagrada por Guaidó por volta das 6h de hoje está sendo debelada. Para Moncada, apesar do potencial conflitivo da situação, os protestos não alcançaram outro efeito além de deixar pessoas feridas. O embaixador disse que não há, até o momento, registro de mortes. "Tivemos sorte de a situação ter terminado com o mínimo de danos. Tenho orgulho desta situação ter terminado sem a perda de nenhuma vida", declarou Moncada, garantindo que, em Caracas, a situação já estaria voltando a normalidade - enquanto imagens divulgadas pelas redes sociais e por emissoras de TV seguem mostrando a população nas ruas da capital. 

Em seu pronunciamento, Guaidó estava ao lado de Leopoldo López, a quem o autodeclarado presidente concedeu "indulto presidencial". Acusado pelas autoridades venezuelanas de "incitamento à desordem pública, associação criminosa, atentados à propriedade e incêndio", na sequência das manifestações contrárias à política do presidente Nicolás Maduro.

Guaidó, autoproclamado presidente interino da Venezuela, convocou a população a sair para pressionar Nicolás Maduro a deixar o poder. O líder da oposição disse que militares o apoiam em movimento para acabar com o que classificou de "usurpação do poder."  Maduro destacou que tem o total apoio do alto escalão militar  "protegendo a Constituição" do que classificam como uma tentativa de golpe de Estado. Houve confronto nas ruas da capital com dezenas de feridos.

Prisões 

Segundo a ONG Foro Penal Venezuelano, que monitora os protestos contra o chavismo na Venezuela, ao menos 11 pessoas foram presas nos protestos de hoje. Cinco delas em Maracaibo, em Zulia, duas em San Cristóbal, em Táchira, duas no Estado de Lara e duas no Estado de Carabobo.


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