Médicos do Mundo denuncia situação humanitária "insustentável" na Síria

Médicos do Mundo denuncia situação humanitária "insustentável" na Síria

ONG alegou que mais de 400 mil pessoas morreram no país e 13,2 milhões precisam de ajuda

AFP

ONG alegou que mais de 400 mil pessoas morreram no país e 13,2 milhões precisam de ajuda

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Oito anos depois do início do conflito, a situação sanitária e humanitária na Síria alcançou "níveis insustentáveis" - denunciou a ONG Médicos do Mundo nesta terça-feira. Em uma declaração emitida no dia da abertura, em Bruxelas, da terceira "Conferência para o Futuro da Síria", a MDM afirma que "as necessidades humanitárias, particularmente em termos de saúde, são imensas para a população civil síria traumatizada, esgotada por um conflito que não para".

A ONG lembrou que "mais de 400.000 pessoas morreram, e 13,2 milhões precisam de ajuda" no país. Dois terços dos trabalhadores de saúde foram embora. "Como podemos aceitar que a Síria seja o país mais perigoso para os trabalhadores da saúde, com 102 mortos em 2018?", questionou o presidente da MDM, doutor Philippe de Botton.

"Atualmente, 70% dos ataques contra os trabalhadores da saúde em todo mundo acontecem na Síria", completou. "Depois de oito anos de um conflito terrível, achávamos que já tínhamos visto o pior, mas, com o passar dos anos, a situação se tornou cada vez mais alarmante. A relegação deste tema para um segundo plano na imprensa não deveria nos fazer esquecer da tragédia em curso", acrescentou.


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