Mais de 100 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 foram administradas no mundo

Mais de 100 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 foram administradas no mundo

Segundo contagem da AFP, ao menos 101.317.005 injeções foram administradas em 77 países, ou territórios

AFP

Vacinação será feita por etapas no Brasil

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Mais de 100 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 foram administradas no mundo, quase dois meses depois do início das primeiras campanhas de imunização - segundo um balanço. Até esta terça-feira às 5h (horário de Brasília), ao menos 101.317.005 injeções foram administradas em 77 países, ou territórios, de acordo com uma contagem da AFP com base em fontes oficiais.

Israel na liderança

Israel é o país mais avançado na corrida pela imunização. Em torno de 37% da população já recebeu pelo menos uma dose, e um israelense em cada cinco (21%) completou o processo com uma segunda dose.

Todas as vacinas atualmente em circulação no mundo exigem duas doses para proporcionar uma ótima imunização.

Privilégio dos países ricos

Nos países de renda alta, segundo a definição do Banco Mundial, vivem 16% da população mundial, com uma concentração de 65% de todas as doses aplicadas no mundo. Além de Israel, são países norte-americanos, europeus e do Golfo.

No grupo de liderança, estão o Reino Unido (9,8 milhões de doses, 13,7% da população), Estados Unidos (32,2 milhões de doses, 7,9%), Emirados Árabes Unidos (3,4 milhões de doses, sem dados sobre pessoas) e Sérvia (6,2%).

Na União Europeia (UE), 12,7 milhões de doses foram destinadas a 2,3% da população. Entre os 27, Malta está na frente, com 5,4% da população, seguida por Dinamarca (3,2%) e Polônia (3,1%).

China e Índia, dois gigantes considerados de renda média, administraram 24 milhões e 4 milhões de doses, respectivamente, mas estão atrasados em proporção à sua população.

Países pobres "esperam"

Pouco mais de um terço da população mundial (35%) vive em países que ainda não começaram a vacinar, em sua maioria nações desfavorecidas que "observam e esperam", nas palavras do diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Nenhum país de renda baixa começou uma campanha de vacinação em massa até o momento. Esses países aguardam as primeiras entregas de doses, previstas para este mês, graças ao sistema Covax lançado pela OMS e pela Aliança para a Vacinação (GAVI).

Nesta categoria, a Guiné, que vacinou algumas dezenas de pessoas em uma fase inicial, aparece como pioneira. Alguns poucos países ricos, como Japão, Coreia do Sul e Austrália, também não começaram a vacinar.

Diplomacia da vacinação

Sete vacinas estão atualmente em circulação no mundo. América do Norte, Europa, Israel e os países do Golfo optaram majoritariamente pelas desenvolvidas pela parceria teuto-americana Pfizer/BioNTech e pela americana Moderna, assim como a britânica AstraZeneca/Universidade de Oxford.

Esta última, que já é injetada no Reino Unido, Índia, Mianmar, Marrocos e Sri Lanka, chegará dentro de pouco tempo à União Europeia (UE), após sua recente autorização. A Índia também usa uma vacina local, a da Bharat Biotech.

A vacina Sputnik V do centro russo Gamaleya é administrada na Rússia, mas também na Argentina, Belarus, Sérvia e Argélia.

Em relação às vacinas chinesas, além da China, a da Sinopharm é administrada nos Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Seychelles, Egito, Laos e Sérvia, enquanto a da Sinovac é usada na Indonésia, Brasil e Turquia.


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