Mais líderes do Proud Boys são condenados a 18 e 10 anos de prisão por ataque ao Capitólio

Mais líderes do Proud Boys são condenados a 18 e 10 anos de prisão por ataque ao Capitólio

Sentenças ocorreram um dia após outros dois líderes do grupo, Joe Biggs e Zachary Rehl, receberem da mesma corte penas de 17 e 15 anos de prisão

AFP

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Dois líderes do grupo de extrema direita Proud Boys foram condenados nesta sexta-feira a 18 e 10 anos de prisão por invadir o Capitólio em janeiro de 2021, juntamente com outros partidários do ex-presidente Donald Trump. As sentenças, proferidas pelo juiz federal Timothy Kelly, ocorreram um dia após outros dois líderes do grupo, Joe Biggs e Zachary Rehl, receberem da mesma corte penas de 17 e 15 anos de prisão, respectivamente, pelo mesmo ataque.

A pena de 18 anos de prisão por conspiração sediciosa imposta nesta sexta-feira a Ethan Nordean, de 32 anos, iguala-se à de Stewart Rhodes, fundador de outra milícia de extrema direita, Oath Keepers, que havia sido a mais longa imposta por este ataque.

O outro condenado, Dominic Pezzola, de 45 anos, recebeu 10 anos por acusações menores, incluindo obstrução ao Congresso. Ao informar sua decisão, o juiz Kelly repetiu seu aviso de que os Proud Boys haviam quebrado a tradição americana de uma transferência pacífica do poder quando tentaram impedir que Joe Biden fosse confirmado como vencedor nas eleições presidenciais de novembro de 2020.

Em 6 de janeiro de 2021, milhares de apoiadores republicanos se reuniram em Washington para contestar o resultado dessas eleições, e uma multidão invadiu o Capitólio, sede do Congresso dos Estados Unidos. Eles agiram com base na falsa afirmação, promovida pelo próprio Trump, de que o ex-presidente foi vítima de uma fraude eleitoral em massa. Pouco mais de duas semanas antes de 6 de janeiro, os Proud Boys "conspiraram para impedir, obstruir e atrasar a certificação dos votos do Colégio Eleitoral e se opor pela força à autoridade do governo", disse o Departamento de Justiça em comunicado.

Tanto Nordean quanto Pezzola expressaram arrependimento antes da sentença, e o primeiro, apelidado de chefe do "Ministério da Autodefesa" dos Proud Boys, culpou sua própria liderança. Mas minutos após a condenação, Pezzola ergueu o punho e declarou: "Trump venceu", segundo testemunhas presentes na sala.

Mais de 1.100 pessoas foram presas e acusadas pelo ataque ao Capitólio. Mais da metade delas recebeu sentenças, a maioria delas penas de prisão. Pelo menos cinco pessoas morreram à margem do ataque e 140 policiais ficaram feridos.


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