Mediadores do Diálogo Nacional tunisiano recebem Nobel da Paz

Mediadores do Diálogo Nacional tunisiano recebem Nobel da Paz

Grupo mediou democratização da Tunísia após revolução de 2011

AFP

Mediadores do Diálogo Nacional tunisiano receberam prêmio Nobel da Paz

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O Quarteto do Diálogo Nacional tunisiano recebeu nesta sexta-feira o prêmio Nobel da Paz "por sua contribuição decisiva à construção de uma democracia pluralista" após a Revolução de Jasmim de 2011, anunciou o comitê Nobel norueguês. "O Quarteto se formou em meados de 2013,em um momento em que o processo de democratização corria perigo devido aos assassinatos políticos e aos importantes distúrbios sociais", destacou o comitê.

O grupo, composto pelo UGTT, sindicato histórico da Tunísia e símbolo da independência, pela patronal Utica, pela Liga Tunisiana de Direitos Humanos (LTDH) e pela ordem dos advogados, organizou um longo e complicado diálogo nacional entre os islamitas e seus opositores, obrigando-os a tirar o país de sua paralisia institucional.

O Quarteto lançou "um processo político alternativo, pacífico, em um momento em que o país estava à beira da guerra civil", lembrou o comitê. Seu papel foi crucial para permitir que a Tunísia "estabelecesse um sistema constitucional de governo que garantisse os direitos fundamentais para o conjunto da população, sem distinções de sexo, convicções políticas ou crenças religiosas", explicou.

Os vencedores receberão seus prêmios em uma cerimônia que será realizada em Oslo no dia 10 de dezembro, data do aniversário da morte em 1896 do criador do prêmio, Alfred Nobel, cientista e filantropo sueco.

Confira os últimos 10 vencedores do Prêmio Nobel da Paz


2015: Quarteto do Diálogo Nacional tunisiano, por "sua contribuição decisiva à construção de uma democracia pluralista" após a revolução de 2011, que derrubou o regime de Ben Ali.

2014: Malala Yousafzai (Paquistão) e Kailash Satyarthi (Índia), "pela luta contra a opressão das crianças e jovens e pelo direito de todas as crianças à educação".

2013: Organização para a Proibição das Armas Químicas (OIAC), por seus esforços destinados a libertar o planeta destas armas de destruição em massa.

2012: União Europeia (UE), por ter contribuído para pacificar um continente devastado por duas guerras mundiais.

2011: Ellen Johnson Sirleaf, Leymah Gbowee (Libéria) e Tawakkol Karman (Iêmen), por sua luta não violenta em favor da segurança das mulheres e seus direitos a participar dos processos de paz.

2010: Liu Xiaobo (China), dissidente detido, "por seus esforços duradouros e não violentos em favor dos Direitos Humanos na China".

2009: Barack Obama (Estados Unidos) "por seus esforços extraordinários com o objetivo de reforçar a diplomacia internacional e a cooperação entre os povos".

2008: Martti Ahtisaari (Finlândia) por suas numerosas mediações de paz em todo o mundo.

2007: Al Gore (Estados Unidos) e o Painel Intergovernamental sobre as Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU por seus esforços para aumentar o conhecimento sobre as mudanças climáticas.

2006: Muhammad Yunus (Bangladesh) e seu banco especializado no microcrédito, o Grameen Bank, porque "uma paz duradoura não pode ser obtida sem que uma parte importante da população encontre a maneira de sair da pobreza".

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