Miami Beach ganha toque de recolher devido a multidão incontrolável de turistas

Miami Beach ganha toque de recolher devido a multidão incontrolável de turistas

Visitantes terão que sair das ruas e os restaurantes terão que fechar suas portas às 20h

AFP

publicidade

A multidão de turistas que se aglomerou na cidade de Miami Beach, na Flórida, iludidos com o "fim da pandemia", é tão incontrolável que as autoridades locais impuseram um toque de recolher neste sábado. Durante as próximas 72 horas, os visitantes terão que sair das ruas e os restaurantes terão que fechar suas portas às 20h nas principais zonas turísticas de South Beach, epicentro da diversão de Miami Beach, anunciaram as autoridades.

Além disso, as três pontes que ligam a ilha ao continente ficarão fechadas ao trânsito a partir das 22h. Terão acesso apenas residentes, trabalhadores e hóspedes dos hoteis. A decisão vem após semanas de intensas festividades em Miami Beach, que é acostumada à incontrolável multidão de turistas: todos os anos, em março, esta pequena ilha recebe milhares de estudantes de todo o país que vão passar as férias.

Mas este ano "o volume é claramente maior do que nos anos anteriores", disse o prefeito Dan Gelber. "Creio que em parte se deve ao fato de que há poucos lugares abertos no resto do país, ou são muito frios, ou estão fechados e também muito frios." Nos últimos dois dias, viralizaram imagens de brigas em restaurantes que deixaram sérios estragos, além de fazerem com que clientes fugissem sem pagar contas caras, segundo relatos da imprensa local.

O chefe da polícia de Miami Beach, Richard Clements, afirmou que está preocupado que a situação saia do controle. "Na quinta-feira, centenas de pessoas correram em determinado momento e arremessaram mesas e cadeiras como armas", contou ele. "Esperávamos que fosse um evento isolado, mas na noite passada houve três dessas situações e uma jovem ficou ferida." A ilha de apenas 92 mil habitantes atrai 200 mil visitantes e trabalhadores todos os dias, disse Gelber na segunda-feira.


Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895