Milhares participam de manifestações pró-palestinas proibidas na França

Milhares participam de manifestações pró-palestinas proibidas na França

O Ministro do Interior, Gérald Darmanin, havia proibido as manifestações pró-palestinas em todo o país, considerando-as suscetíveis de provocar distúrbios públicos

AFP

Na capital francesa, os manifestantes gritavam "Palestina vencerá" e "Israel assassino", enquanto agitavam bandeiras palestinas

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Milhares de pessoas participaram de manifestações de apoio aos palestinos na França, apesar de as autoridades as terem proibido, nesta quinta-feira, 12,. Em meio ao conflito entre Israel e o grupo islamista Hamas, o país europeu proibiu as manifestações por temerem "distúrbios públicos".

Em Paris, as forças de segurança dispersaram os manifestantes da Praça da República com gás lacrimogêneo e canhões d'água, conforme constatado pela AFP. Segundo a polícia, dez pessoas foram detidas entre as três mil presentes.

O Ministro do Interior, Gérald Darmanin, havia proibido as "manifestações pró-palestinas" em todo o país, considerando-as "suscetíveis de provocar distúrbios públicos" após o ataque perpetrado pelo Hamas no sábado em Israel.

Na capital francesa, os manifestantes gritavam "Palestina vencerá" e "Israel assassino", enquanto agitavam bandeiras palestinas. A frase "Free Palestine" (Palestina Livre) foi pintada no monumento da praça.

De Rennes (noroeste) a Nimes (sudeste), passando por Toulouse (sul) e Lille (norte), várias cidades registraram concentrações em apoio aos palestinos desde quarta-feira à noite.

Várias associações tentaram anular a proibição, mas o tribunal administrativo de Paris decidiu nesta quinta-feira mantê-la por temer que a violência em Israel "seja exportada" para a França, que abriga a maior comunidade judaica da Europa.

No sábado, centenas de combatentes do Hamas cruzaram a fronteira israelense a partir da Faixa de Gaza em veículos, pelo ar e pelo mar, e mataram cerca de 1.200 civis nas ruas, em suas casas ou em um festival de música.

Durante um ataque, cuja extrema violência abalou o país até seus alicerces, capturaram cerca de 150 reféns israelenses, com dupla nacionalidade e estrangeiros, que o grupo islamita ameaça matar.

Israel tem respondido com ataques aéreos e de artilharia durante seis dias contra alvos do Hamas na Faixa de Gaza, um enclave onde vivem 2,3 milhões de pessoas em condições precárias, resultando em mais de 1.400 mortes.


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