Milhares vão às ruas na Argentina contra feminicídios
Manifestação “Ni Una Menos” foi motivada após crescentes casos de violência de gênero no país
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De acordo com organizações sociais citadas pelo jornal Clarín, 226 mulheres foram assassinadas neste ano na Argentina, sendo 19 casos neste mês – uma média de um caso a cada 21 horas, salientam as organizações. O caso que desencadeou a manifestação desta quarta-feira ocorreu em Mar del Plata, onde uma adolescente de 16 anos foi estuprada e morta por dois homens.
O ato foi fortalecido nas redes sociais, por diversas personalidades argentinas, como o chargista Ricardo Liniers, que usou uma de suas personagens para entrar na campanha. O presidente argentino, Mauricio Macri, limitou-se a retuitar uma ministra, que divulgou o número de telefone para denúncias contra a violência contra a mulher.
A manifestação ultrapassou as fronteiras no início da noite, quando a presidente chilena, Michele Bachelet, divulgou uma mensagem via Twitter, dizendo-se que estava se unindo à campanha e alertou para os problemas sofridos pela mulher por conta de violência de gênero. “É um problema que temos que enfrentar como país”, defendeu ela, que citou alguns casos ocorridos no Chile. “A violência contra as mulheres e as meninas deve terminar.”
La Pdta. Bachelet se suma a quienes hoy, en muchas ciudades de Chile, dicen #NiUnaMenos. Por un #ChileSinFemicidios. pic.twitter.com/zPfo6ogaRE — Prensa Presidencia (@presidencia_cl) 19 de outubro de 2016