Milionário dos EUA condenado por matar amiga morre na prisão

Milionário dos EUA condenado por matar amiga morre na prisão

Robert Durst, que confessou em um programa de TV ter matado também a esposa, havia sido condenado à prisão perpétua

AFP

Milionário teve vida conturbada por acusações criminais

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O problemático herdeiro nova-iorquino Robert Durst, recentemente condenado à prisão perpétua pelo assassinato de sua melhor amiga, morreu na prisão nesta segunda-feira, aos 78 anos, informou um de seus advogados. O bilionário morreu de "causas naturais relacionadas à longa lista de problemas médicos que apresentamos repetidamente ao tribunal durante os últimos dois anos", declarou Chip Lewis.

Durst foi considerado culpado em setembro por um tribunal de Los Angeles de matar sua amiga Susan Berman com um tiro na cabeça, em 2000, em Beverly Hills. Segundo a promotoria, o objetivo era encobrir seu papel no assassinato de sua esposa, Kathleen. Durst queria impedir que Berman respondesse às perguntas dos policiais que lideravam a investigação sobre o desaparecimento da mulher em 1982.

O magnata sempre negou o fato, mas foi oficialmente acusado em Nova Iorque em outubro, logo após sua sentença de prisão perpétua na Califórnia.

Confissão gravada

Ovelha negra de uma das maiores famílias imobiliárias de Nova Iorque, Durst foi preso em março de 2015, às vésperas da exibição do último episódio da série documental da HBO sobre sua vida, intitulada The Jinx. O documentário retratou mais um episódio sangrento de sua vida: o assassinato de um de seus vizinhos, que ele teria desmembrado e atirado ao mar.

Durst foi absolvido do crime graças a um exército de advogados de prestígio que invocaram uma forma de legítima defesa, misturada com um tiro acidental e atos cometidos sob a influência de álcool.

Na série, Durst pareceu confessar involuntariamente, quando murmurou para si mesmo em um banheiro, com seu microfone ainda ativo: "O que eu fiz? Matei todos eles, é claro". Mais tarde, ele argumentou que estava drogado durante as filmagens do documentário e que suas falas não significavam nada em particular.


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