Mobilização militar da Rússia representa momento perigoso para a segurança da Europa, diz Otan

Mobilização militar da Rússia representa momento perigoso para a segurança da Europa, diz Otan

Organização afirmou que protegerá todos os seus aliados

AFP

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A mobilização militar da Rússia em Belarus e na fronteira com a Ucrânia representa um "momento perigoso" para a segurança da Europa, advertiu o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg. "Este é um momento perigoso para a segurança europeia (...) Vamos defender e proteger todos os nossos aliados", disse Stoltenberg em uma entrevista coletiva com o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.

De acordo com Stoltenberg, "uma nova agressão da Rússia (contra a Ucrânia) trará um fortalecimento da presença da Otan, não uma redução". "Estamos monitorando de perto a presença da Rússia em Belarus, que é a maior desde o final da Guerra Fria", acrescentou o secretário-geral da aliança militar transatlântica.

Stoltenberg e Johnson alertaram que a Otan se prepara para enviar mais tropas aos Estados membros do leste da Europa, como Polônia e Romênia.

A Rússia exige que a Otan interrompa sua expansão para o leste da Europa, em direção à fronteira russa, e garantias de que a organização não aceitará a Ucrânia como integrante.

A Otan já respondeu que não está disposta a aceitar as exigências, mas está preparada para discutir com a Rússia questões de segurança continental.

Stoltenberg afirmou que escreveu uma carta ao ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, para pedir a retomada do diálogo no conselho Otan-Rússia.

Países europeus e membros da Otan estabeleceram pontes diretas de contato com o presidente russo, Vladimir Putin, como o presidente francês Emmanuel Macron e o chefe de Governo alemão Olaf Scholz.

Ao mesmo tempo, a Rússia mantém a concentração de tropas e armamento nas proximidades da fronteira com a Ucrânia e iniciou exercícios militares em Belarus e no Mar Negro. "Este é provavelmente o momento mais perigoso, eu diria, (...) naquela que é a maior crise de segurança que a Europa enfrenta em décadas", afirmou Boris Johnson.

Nesta quinta-feira, Lavrov se reuniu em Moscou com a chefe da diplomacia britânica, Liz Truss, e ressaltou que as advertências de países ocidentais não terão efeito. "Ultimatos e ameaças não levam a lugar nenhum, mas muitos de nossos colegas ocidentais adoram essa forma (de comunicação)", declarou.


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