Moscou acusa rebeldes sírios de preparar ataque químico em Idlib

Moscou acusa rebeldes sírios de preparar ataque químico em Idlib

Acusação acontece uma semana após declarações dos EUA sobre repressão ao Exército sírio

AFP

Moscou acusa rebeldes sírios de preparar ataque químico em Idlib

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A Rússia acusou neste sábado os rebeldes sírios de preparar um ataque químico na província de Idlib para depois incriminar o regime de Damasco, o que daria um pretexto para as potências ocidentais bombardearem o Exército sírio. A acusação russa acontece após as declarações de John Bolton, conselheiro do presidente americano Donald Trump, que advertiu esta semana que Washington iria reagir "fortemente" se o Exército sírio utilizasse armas químicas em sua ofensiva para tomar a província de Idlib, último reduto dos rebeldes, no norte do país.

O porta-voz do ministério russo da Defesa, Igor Konachenkov, assegurou em um comunicado que o grupo extremista islâmico Hayat Tahrir al-Sham, ex-facção da Al-Qaeda neste país, "está preparando uma nova provocação para acusar o governo sírio de usar armas químicas contra a população civil na província de Idlib". De acordo com Moscou, o grupo Hayat Tahrir al-Sham, que controla 60% dos grupos rebeldes presentes nesta região do norte da Síria, enviou "oito tanques com cloro" para a cidade de Khisr al-Shughur para preparar um ataque.

Konachenkov também acusou os britânicos de "participar ativamente nesta provocação para dar razão às forças americanas, britânicas e francesas para realizar ataques aéreos contra as forças do governo sírio". As forças desses três países realizaram em abril um ataque com mísseis contra bases militares sírias em resposta a um suposto ataque com gás sarin e cloro na cidade de Duma, perto de Damasco, que matou 40 pessoas. Aliada de Damasco, a Rússia sempre afirmou que o ataque em Duma foi uma encenação dos Capacetes Brancos.

Durante uma visita a Jerusalém na quarta-feira, Bolton disse que Washington estava "preocupado com a ideia de que o presidente Bashar Al-Assad poderia reutilizar armas químicas". Com o apoio do Exército russo, uma ofensiva do regime sírio em Idlib parece iminente.

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