Mundo bate novo recorde de casos de Covid-19, com 2,59 milhões em 24 horas

Mundo bate novo recorde de casos de Covid-19, com 2,59 milhões em 24 horas

Novas infecções foram mais uma vez impulsionadas pelos números vindos dos Estados Unidos

AE

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Em meio à proliferação da variante ômicron do novo coronavírus, o mundo registrou mais um recorde de novos casos de Covid-19 em 24 horas, com 2,59 milhões de infectados. O país com mais casos registrados foi novamente os Estados Unidos, mas os 869 mil novos casos de terça-feira, 4, ficaram abaixo do recorde de mais de 1 milhão de infectados de segunda-feira, 3. A ômicron já é responsável por 95,4% das novas infecções no país.

O segundo país com mais casos foi a França, que registrou mais de 271 mil novos infectados. Antes da atual onda de covid-19, o país nunca tinha tido mais de 118 mil infectados em um único dia.

Estados Unidos, com 869 mil casos, França, com 271 mil, Reino Unido, com 221 mil, Itália, com 170 mil e Espanha, com 117 mil, são os países com mais casos confirmados de Covid-19. Os dados são de terça-feira, 4, e foram divulgados pelo site "Our World in Data", projeto ligado à Universidade Oxford, nesta quarta-feira, 5.

Mortes em queda

Apesar da explosão de casos em razão da ômicron, altamente contagiosa, o número de mortes está em queda. Com o avanço da vacinação, a média de óbitos nos últimos 7 dias caiu abaixo de 6 mil pela primeira vez desde outubro de 2020. O recorde de mortes em 24 horas no mundo segue sendo de 20 de janeiro de 2021: 18.062.

A média de óbitos nos últimos 7 dias (6.090) está inclusive abaixo da primeira onda da pandemia, em abril de 2020 - quando chegou a um pico de 7,1 mil. Os países com mais mortes por covid-19 na terça-feira, 4, foram Estados Unidos, com 2.383 mortes, Rússia, com 809, Índia, com 533, Polônia, 432 mortes, e França: 350.

A alta de casos nos EUA, que tem relação com as festas de fim de ano, causa impacto direto na reabertura das escolas. Uma crescente lista de cidades - incluindo Newark, Atlanta, Milwaukee e Cleveland - adotou nesta terça-feira o ensino remoto. Na segunda-feira, o Estado da Filadélfia anunciou que 81 escolas, de 216, teriam só ensino a distância.

França tem recorde

A França registrou novo recorde, com 271.686 mil novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas, informaram as autoridades sanitárias do país na terça-feira, 4. Essa foi a maior contagem em apenas um dia. O recorde anterior foi registrado na sexta-feira passada, 31 de dezembro: 232 mil novos infectados. Antes da atual onda, a França nunca tinha tido mais de 118 mil casos em um único dia.

Em meio à proliferação da variante ômicron do novo coronavírus, Grécia e Suécia também anunciaram recordes de novos infectados: 50,1 mil e 11,5 mil, respectivamente. As autoridades de saúde francesas alertaram que mais de 2 mil pessoas foram atendidas nos hospitais do país em um único dia na terça-feira. A disparada de casos é explicada também pelo aumento no número de testes realizados: foram 8 milhões na semana passada.

Mas, além da maior testagem, a taxa de positivos está alta: acima de 15% e próxima dos recordes do outono de 2020. Diante da nova onda de casos, o ministro da Saúde francês insistiu que as vacinas contra a Covid-19 são a melhor barreira conhecida até o momento.

Nova Délhi impõe toque de recolher

As autoridades em Nova Délhi (Índia) ordenaram nesta terça-feira que as pessoas fiquem em casa nos próximos fins de semana por causa do aumento de casos de covid-19, que quadruplicaram em sete dias. Um dos infectados foi o ministro-chefe da capital, Arvind Kejriwal, que afirmou ter contraído o vírus apenas um dia após ter participado de um comício eleitoral sem máscara.

Kejriwal, funcionário com maior cargo eleito na capital indiana, foi um dos 37.379 novos casos de coronavírus relatados na Índia nas últimas 24 horas. As mortes totalizaram 124. O número de casos diários foi o maior desde o início de setembro - o país registrou 47.092 diagnósticos no primeiro dia daquele mês - e os especialistas suspeitam que a variante ômicron começou a ultrapassar a Delta como predominante em território indiano, conforme ganha fôlego em regiões populosas como Délhi. As internações continuam baixas, apontam as autoridades.

Délhi está registrando mais de 4 mil novos casos por dia, e o vice-ministro-chefe, Manish Sisodia, disse que a maioria dos pacientes está apresentando sintomas leves e se recuperando rapidamente. Apesar dos indícios de que a ômicron causa quadros mais leves do que cepas anteriores, ele afirmou, as pessoas terão que ficar em casa no sábado e nos domingos para controlar o vírus.

A orientação do governo federal tem sido que as autoridades locais imponham restrições de trânsito nas cidades se mais de 5% dos testes forem positivos. Nova Délhi ultrapassou essa marca na segunda-feira, com 6% das pessoas testando positivo. A taxa geral de casos positivos da Índia quase triplicou desde o início de novembro para 3,24% na terça-feira, e algumas cidades já fecharam escolas e faculdades.

O Ministério do Interior confirmou até agora apenas 1.892 casos de ômicron em todo o país, a maioria deles no Estado de Maharashtra, em Mumbai, seguido por Délhi. Pode-se levar dias, no entanto, para confirmar a cepa de um vírus através do sequenciamento do genoma.

Desde que a pandemia atingiu pela primeira vez a Índia em janeiro de 2020, o país registrou 34,96 milhões de casos e 482 mil mortes. Cerca de 61% da população recebeu a primeira dose da vacina e a segunda dose já foi aplicada em 44,3% da população.

Confinamento na China

Outro país que impôs novas restrições foi a China, que confinou mais de um milhão de habitantes na cidade de Yuzhou, na província de Henan, depois de detectar três casos assintomáticos de covid-19, um mês antes do início dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim. Não foi especificado quanto tempo vai durar o confinamento.

Em toda Yuzhou, "barreiras serão colocadas para aplicar estritamente as medidas de prevenção", disse o prefeito em sua conta oficial no Weibo, aplicativo popular entre os chineses.

Sair da cidade será proibido, a menos que se tenha uma autorização. Desde o surgimento da epidemia, em dezembro de 2019, as autoridades chinesas vêm aplicando a estratégia chamada de "covid zero", que consiste em fazer o que for necessário para limitar ao máximo o surgimento de novos casos de transmissão local.

Nas últimas 24 horas, a China registrou 175 novos casos de coronavírus, dos quais 95 são em Xian, onde 13 milhões de habitantes também estão confinados há quase duas semanas. Este é o confinamento mais rígido realizado na China desde o de Wuhan, no início da pandemia. Famosa pelos guerreiros de terracota, Xian é o novo epicentro da pandemia no país. Lá, mais de 1.600 casos foram detectados desde 9 de dezembro. (Com agências internacionais).


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