Número de mortes em colisão de trens no Paquistão aumenta para 63

Número de mortes em colisão de trens no Paquistão aumenta para 63

Uma das composições descarrilou após deixar estação de Karachi

AFP

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O balanço do acidente ferroviário dessa segunda-feira em uma área remota da província de Sindh, Sul do Paquistão, subiu para 63 vítimas fatais, anunciaram as autoridades locais. A tragédia aconteceu quando um trem procedente de Karachi descarrilou e em seguida foi atingido por outro procedente de Rawalpindi, que circulava no sentido contrário.

O vice-comissário de Sindh, Usman Abdullah, divulgou duas listas de mortos, que incluem 12 pessoas ainda não identificadas, na tragédia. O balanço divulgado na segunda-feira registrava 43 mortes. Entre as vítimas fatais estão um bebê de poucos meses e uma mulher de 81 anos.

Durante a noite, as equipes de resgate continuaram retirando corpos dos vagões destruídos. O exército e uma equipe de engenheiros civis trabalharam para remover a maior parte dos vagões destruídos no acidente, enquanto funcionários do sistema ferroviário reparavam as vias. 

"Este é o maior acidente que vi em 10 anos de serviço", declarou à AFP o engenheiro ferroviário Jahan Zeb. O porta-voz da empresa 'Pakistan Railways', Ijaz Shah, afirmou que as famílias dos mortos receberão uma compensação de 1,5 milhão de rupias (9.600 dólares).

O acidente aconteceu na madrugada de segunda-feira, perto da cidade de Daharki, na província de Sindh, no momento em que provavelmente a maioria dos 1,2 mil passageiros dos trens estava dormindo. O 'Millat Express' seguia do grande porto de Karachi para a cidade de Sardogha quando descarrilou e deslizou para a via do 'Sir Syed Express', que partiu de Rawalpindi e estava na direção contrária.

O acidente provocou um novo debate sobre o estado das ferrovias do Paquistão, que herdou milhares de quilômetros de ferrovias e trens do período em que o território era uma colônia do Império Britânico. A rede ferroviária está em decadência há várias décadas devido à corrupção, má gestão e falta de investimentos

As causas do acidente ainda não foram determinadas, mas o ministro do Interior, Sheikh Rashid, ex-ministro de Ferrovias, descreveu a área do acidente, que data de 1880, como um "desastre". O atual ministro de Ferrovias, Azam Swati, disse que o trecho em que aconteceu a tragédia era "realmente perigoso". 


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