Nenhum país vai superar a pandemia com doses de reforço, diz OMS

Nenhum país vai superar a pandemia com doses de reforço, diz OMS

Para Tedros Adhanom, programas enviam doses disponíveis para países já com altas taxas de vacinação

AFP

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O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, alertou nesta quarta-feira contra a ilusão de que é possível superar a pandemia de Covid-19 ao administrar doses de reforço. "Elas não representam um sinal verde para celebrar como havíamos previsto", afirmou em entrevista coletiva em Genebra, poucos dias antes do Natal.

"Esses programas de reforço indiscriminados inclusive poderiam prolongar a pandemia em vez de acabar com ela, ao desviar as doses disponíveis para países com altas taxas de vacinação, fornecendo ao vírus mais possibilidades de se propagar e sofrer mutações", afirmou o doutor Tedros.

"É importante lembrar que a grande maioria das hospitalizações e mortes é de pessoas não vacinadas, as quais não receberam uma dose de reforço", insistiu, acrescentando: "e devemos ter muito claro" que "as vacinas (atuais) são eficazes tanto contra a variante delta como contra a ômicron".

De acordo com o comitê de especialistas em políticas de imunização da OMS (SAGE), ao menos 126 países já deram instruções para injetar uma dose de reforço e 120 deles já começaram as campanhas neste sentido. São, em sua maioria, países ricos ou de média renda, mas "nenhum país pobre desenvolveu ainda um programa de reforço", afirmou o SAGE em um comunicado nesta quarta-feira.


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