Netanyahu fala em busca por vitória total em Gaza e faz advertência ao Irã
Delegados de outros países deixaram o local no momento em que primeiro-ministro se preparava para discursar
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Em discurso na tribuna da Assembleia Geral das Nações Unidas, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que Israel lutará na Faixa de Gaza até “a vitória total” e fez uma advertência ao Irã. “Se o Irã nos atacar, nós atacaremos de volta. Não há um lugar no Irã em que os longos braços de Israel não possam chegar", disse.
Segundo Netanyahu, o Hamas deve deixar a região da Faixa de Gaza. Ele pediu ao grupo que entregue as armas pelo fim da guerra. "Esta guerra deve acabar. O que o Hamas deve fazer é se render, depor as armas e libertar os reféns", declarou. "Se (os combatentes do Hamas) não o fizerem, lutaremos até chegar à vitória, a vitória total. Não há alternativa", advertiu.
Netanyahu explicou que as operações contra a organização libanesa Hezbollah continuarão, frustrando as esperanças de uma trégua temporária de 21 dias proposta no início desta semana por França e Estados Unidos.
"Enquanto o Hezbollah escolher o caminho da guerra, Israel não tem escolha, e Israel tem o direito de acabar com esta ameaça e devolver os seus cidadãos às suas casas em segurança", disse ele, acrescentando que as operações continuarão "até que todos os nossos objetivos sejam alcançados".
Conforme relato da rede de notícias norte-americana CNN, assim que o primeiro-ministro de Israel subiu na tribuna da Assembleia, diversos delegados de outros países deixaram o local. O dirigente foi alvo de zombarias no momento em que se preparava para discursar.
O primeiro-ministro apresentou aos líderes que acompanhavam o discurso um mapa do Oriente Médio onde os países Síria, Iraque, Irã, Líbano e uma parte do Iêmen estavam destacados, e o título do desenho afirmava que aquelas nações são a "maldição" do Oriente Médio. As nações precisam ser contidas por Israel e pelo mundo antes que avancem em um plano de dominação, acusou Netanyahu. Segundo ele, com o apoio dos Estados Unidos, Israel conseguirá atingir a "paz plena" na região. "Lutamos pela segurança do mundo, e não apenas de Israel", disse.