No Peru, Castillo ultrapassa Fujimori e assume liderança, com 92,8% da apuração

No Peru, Castillo ultrapassa Fujimori e assume liderança, com 92,8% da apuração

Com modelo de governo antagônicos, disputa ainda não tem uma vitória oficial

AE

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Em apuração acirrada, o professor e sindicalista Pedro Castillo ultrapassou a ex-deputada de direita Keiko Fujimori e assumiu a liderança no segundo turno das eleições presidenciais no Peru, com 92,82% das urnas apuradas. Porém, o resultado ainda não pode ser cravado.

Castilho, do Partido Nacional Peru Livre, aparece com 50,1% dos votos e Fujimori, da Fuerza Popular, tem 49,89%. Por volta das 14h46 (de Brasília), a diferença entre os dois era de pouco menos de 35 mil votos.

Modelos antogônicos de gestão

Keiko, de 46 anos, defende o livre mercado, enquanto Castillo, de 51, apoia um papel econômico ativo do Estado. A candidata, que esteve 16 meses em prisão preventiva por causa do escândalo de corrupção da empreiteira brasileira Odebrecht, afirma que a vitória do adversário transformaria o país andino em uma espécie de Coreia do Norte ou de Venezuela, mas com ela avançaria para o "primeiro mundo". As últimas pesquisas mostram que os dois estão virtualmente empatados, com 18% de indecisos.

Porém, os dois candidatos coincidem em alguns temas: são antiaborto, defendem a família tradicional, não dão importância aos direitos da comunidade LGTBI e rejeitam a abordagem de gênero na educação.

Um terço de pobres

Quem vencer as eleições enfrentará uma situação especialmente complicada pela Covid-19, que deixou 1,9 milhão de casos e 69 mil mortes no Peru. Dois milhões de peruanos perderam seus empregos durante a pandemia e três milhões se tornaram pobres, e por isso um teço dos 33 milhões de habitantes vive na pobreza, segundo dados oficiais.

Os primeiros resultados oficiais serão conhecidos por volta da meia-noite local de domingo (2h de Brasília).

 


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