Noruega tem início de consultas para formação de novo governo após vitória da esquerda

Noruega tem início de consultas para formação de novo governo após vitória da esquerda

De acordo com os resultados ainda provisórios, Partido Trabalhista soma 89 das 169 cadeiras do Parlamento unicameral

AFP

De acordo com os resultados ainda provisórios, Partido Trabalhista soma 89 das 169 cadeiras do Parlamento unicameral

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Os partidos de esquerda da Noruega iniciaram nesta terça-feira, um dia depois de sua vitória nas eleições legislativas, consultas e negociações que prometem ser longas para formar um novo governo e retirar a direita do poder após oito anos.

O Partido Trabalhista do provável próximo primeiro-ministro, Jonas Gahr Støre, e seus principais aliados, o Partido de Centro e a Esquerda Socialista, conquistaram maioria absoluta ao somar 89 das 169 cadeiras do Parlamento unicameral, de acordo com os resultados ainda provisórios.

A atual primeira-ministra, a conservadora Erna Solberg, reconheceu na segunda-feira à noite a derrota da coalizão de centro-direita, o que abriu o caminho para a alternância de poder. "Durante os próximos dias, eu convidarei para reuniões os líderes de todos os partidos que desejam um novo governo", afirmou Støre, que falou sobre a desigualdade social em seu discurso de vitória.

Além do Partido de Centro e da Esquerda Socialista, o milionário de 61 anos afirmou que pretende dialogar com outras forças da atual oposição, os comunistas do Rødt e os ecologistas do MDG, que conquistaram oito e três cadeiras, respectivamente.

O Partido de Centro, que defende principalmente os interesses do mundo rural, e a Esquerda Socialista, preocupada com a justiça social e a proteção do meio ambiente, divergem em muitos temas, inclusive em questões fiscais e de petróleo - a Noruega é o maior produtor de hidrocarbonetos da Europa ocidental.

Embora os três partidos tenham integrado o governo de Jens Stoltenberg, o antecessor de Jonas Gahr Støre como líder trabalhista, os centristas afirmaram durante a campanha que se recusariam a governar com a Esquerda Socialista, uma linha que parece ter moderado nos últimos dias.

Um novo Executivo não deve ser formado antes de várias semanas.


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