Novos confrontos deixam pelo menos 25 mortos na Ucrânia
Mesmo com anúncio de trégua pelo presidente, protestos prosseguiram
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O presidente ucraniano, Viktor Yanukovytch, anunciou nesta quarta-feira uma “trégua” com a oposição, diante da ameaça de sanções ocidentais contra o seu governo no dia seguinte a graves episódios de violência que deixaram 26 mortos em Kiev. O registro mais recente dos protestos dessa terça-feira, divulgado pelo Ministério da Saúde, também contabilizou 241 feridos hospitalizados, incluindo 79 policiais e cinco jornalistas. Ao menos dez policiais estão entre os mortos, segundo o Ministério do Interior
Em um pronunciamento à nação durante a noite de terça para quarta-feira, enquanto os policiais avançavam contra os manifestantes no centro de Kiev, o presidente foi taxativo com a oposição, acusando suas lideranças de pregarem a “luta armada” para tomar o poder e ameaçando de processá-los. No mesmo sentido, a Rússia denunciou uma "tentativa de golpe de Estado". O presidente americano, Barack Obama, advertiu nessa quarta para as “conseqüências” da violência na Ucrânia e ressaltou que o “governo de Kiev deve garantir aos ‘manifestantes pacíficos’ o direito de se manifestar sem medo de serem reprimidos”.
A capital ucraniana será palco nesta quinta-feira de uma intensa atividade diplomática, com as chegadas dos chefes da diplomacia francesa, alemã e polonesa e de um alto funcionário russo.