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OEA inicia auditoria do resultado da eleição na Bolívia

Oposição declarou que não reconhece legitimidade do processo

Objetivo de auditoria na Bolívia é verificar se há ilicitude na vitória de Evo Morales | Foto: Jorge Bernal / AFP / CP

Uma missão de especialistas da Organização dos Estados Americanos (OEA) começará, nesta quinta-feira, uma auditoria do resultado da eleição para presidente da República na Bolívia. O procedimento, realizado por 30 especialistas de diversos países, deve levar, no máximo, 12 dias para ser concluído. A intenção é verificar se houve manipulação de dados e fraude em favor do partido Movimento ao Socialismo (MAS), do atual presidente Evo Morales.

Nessa quarta, dez dias após as eleições e nove dias de protestos em todo o país, com dois mortos e cerca de 160 feridos, o governo da Bolívia e a OEA fecharam um acordo para a realização da auditoria da votação realizada no dia 20 de outubro. A oposição, liderada pelo candidato Carlos Mesa, principal opositor de Evo Morales nas eleições, não reconhece a medida, e afirma que os termos foram definidos unilateralmente, sem a presença de representantes da oposição e da sociedade civil.

“A auditoria acordada entre a OEA e o candidato do MAS não consultou o país nem nossas condições, principalmente as de ignorar os resultados dos cálculos feitos pelo TSE (Tribunal Supremo Eleitoral) e a participação necessária de representantes da sociedade civil no processo. Não aceitamos a auditoria nos termos atuais, acordados unilateralmente”, diz o comunicado do partido Comunidade Cristã.

O governo boliviano, em comunicado transmitido pelo ministro da Comunicação, Manuel Canelas, pediu também na quarta a Carlos Mesa, do partido Comunidade Cidadã (CC), para expor as condições necessárias para que acate o processo de auditoria. “Nós pedimos à Comunidade Cidadã, pedimos ao senhor Carlos Mesa, que nos enviem quais são as condições para acompanhar e apoiar o processo de auditoria", disse Canelas. "Estamos abertos na medida em que queremos encontrar soluções, estamos confiantes de que eles nos enviarão suas condições", acrescentou.

O chanceler boliviano, Diego Pary, disse que a auditoria permitirá sanar qualquer dúvida que possa haver sobre a credibilidade da apuração. "Temos certeza absoluta de que o processo foi desenvolvido com toda a transparência e será a auditoria que finalmente certificará como o processo foi desenvolvido e qual é o resultado deste trabalho".

Entenda

O sistema de contagem rápida de votos do Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) da Bolívia antecipou um segundo turno entre Morales e Mesa na noite das eleições, no dia 20 de outubro. No entanto, após a temporária suspensão das apurações, que suscitou suspeitas e reclamações, o TSE anunciou uma mudança de tendência e finalmente declarou a vitória de Morales no primeiro turno com 47,08% dos votos, contra 36,51% de Mesa.

A lei boliviana atribui a vitória no primeiro turno com mais de 50% dos votos ou com 40% e uma vantagem de 10 pontos percentuais sobre o segundo.

Agência Brasil