OMS diz ter alertado sobre Covid-19 "desde primeiro dia"
Agência tenta se defender de acusações dos Estados Unidos
publicidade
Acusada pelo governo americano de ter demorado para soar o alerta sobre o novo coronavírus para não prejudicar a China, a Organização Mundial da Saúde (OMS) se defendeu nesta segunda-feira, garantindo ter alertado "desde o primeiro dia". "Nós lançamos o alerta desde o primeiro dia", frisou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmando que "não há segredos" nesta agência do sistema ONU.
A OMS declarou pandemia do novo coronavírus no dia 11 de março deste ano. "Estamos profundamente preocupados com os alarmantes níveis de disseminação e severidade, e de falta de ação", disse o diretor-geral da entidade, Tedros em coletiva de imprensa em Genebra, na Suíça.
A OMS ressaltou, na época, que o mundo nunca viveu uma pandemia provocada por um coronavírus. Uma pandemia é quando a doença já causa surtos da doença de maneira global. "Todos os países ainda podem mudar o curso dessa pandemia", afirmou.
Naquela data, o Brasil tinha apenas 52 casos confirmados da doença, dois deles no Rio Grande do Sul. Atualmente, o País soma 2.462 mortes e 38.654 casos confirmados de Covid-19, segundo o último boletim divulgado pelo Ministério da Saúde nesse domingo.
A Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul atualizou, nesta segunda-feira, para 889 o número de casos de infecções pelo novo coronavírus SARS-Cov-2, com 27 óbitos decorrentes de problemas causadas pelo patógeno.
A pandemia do novo coronavírus já provocou a morte de mais de 160 mil pessoas no mundo – quase dois terços na Europa –, desde que surgiu na China em dezembro, segundo um balanço estabelecido às 9h GMT (6h de Brasília) pela AFP com base em dados de fontes oficiais.
