OMS manifesta preocupação por aumento de doenças respiratórias na China

A Organização Mundial da Saúde (OMS) expressou, nesta quarta-feira, preocupação pelo aumento de doenças respiratórias na China e pediu à população que adotasse medidas de proteção . "A OMS encaminhou um pedido oficial à China para obter informações detalhadas sobre o aumento de doenças respiratórias e de surtos de pneumonia em crianças", diz o comunicado da organização internacional, que recomenda "medidas para reduzir o risco de doença respiratória".

As autoridades e meios de comunicação chineses reportaram um aumento das doenças respiratórias no país, incluídos surtos de pneumonia não diagnosticada em crianças na região norte. Nesta quarta, a OMS pediu "informações epidemiológicas e clínicas suplementares, assim como resultados de laboratório dos surtos detectados em crianças".

Também reivindicou "informações complementares sobre as tendências recentes de circulação de agentes patógenos conhecidos, especialmente a gripe, o SARS-CoV-2 (o vírus da covid-19), o VRS que afeta bebês e da (bactéria) mycoplasma pneumoniae, assim como o grau de ocupação do sistema de saúde", acrescenta a nota.

A organização assinalou que as autoridades chinesas atribuem este aumento de doenças respiratórias à suspensão das restrições anticovid e à circulação de agentes patógenos conhecidos. As medidas que a OMS propõe à China são similares às aplicadas durante a pandemia de covid-19: vacinação, manter distância dos doentes, ficar em casa em caso de sintomas, fazer testes e usar máscara se necessário, além de manter os locais bem ventilados e lavar as mãos.

Durante a pandemia de Covid-19, cujos primeiros casos foram detectados na China no final de 2019, a OMS criticou Pequim em muitas ocasiões por falta de transparência e cooperação.

A organização internacional e alguns países também denunciaram esta falta de cooperação da China na investigação para determinar as origens da pandemia, que ainda não chegou a conclusões definitivas.